Em ato de desespero, PT e Gleisi tentam diálogo com evangélicos

Em uma tentativa de diminuir a alta rejeição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre o eleitorado evangélico — que atinge 61%, segundo pesquisa Datafolha de junho —, o PT e a ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), praticamente em um atoa desespero, estão intensificando esforços para estabelecer pontes com líderes religiosos. A estratégia visa suavizar a imagem do governo e conquistar espaço nesse segmento antes das eleições de 2026.

Gleisi Hoffmann, presidente do PT
Gleisi Hoffmann, presidente do PT

A Estratégia do Governo

Gleisi Hoffmann tem liderado reuniões com pastores, incluindo os chamados “evangélicos progressistas”, que apresentaram ao governo um documento com demandas como:

  • Ações voltadas à família

  • Assessoria especializada para tratar de temas evangélicos

  • Criação de uma secretaria dedicada a assuntos religiosos

Ainda não há compromisso formal com essas propostas, mas líderes religiosos avaliam que há abertura para negociação. Além de Gleisi, outros ministros estão envolvidos na articulação, como:

  • Jorge Messias (AGU): evangélico e já ativo no diálogo com igrejas

  • Wellington Dias (Desenvolvimento Social)

  • Margareth Menezes (Cultura)

A orientação é evitar confrontos com pastores críticos e buscar uma comunicação direta com os fiéis, mostrando as ações do governo e combatendo desinformações.

Desafios e Disputa Política

Apesar dos esforços, o bolsonarismo ainda domina grande parte do eleitorado evangélico. Durante a Marcha para Jesus em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas — cotado para 2026 — teve grande destaque, reforçando a influência da direita nesse segmento.

O pastor Sergio Dusilek, que participou das conversas, afirma que ainda é cedo para avaliar resultados, mas vê a iniciativa como um avanço.

O governo Lula tenta reverter a rejeição entre evangélicos com uma estratégia de diálogo e aproximação, mas enfrenta um cenário desafiador. Enquanto o PT busca consolidar aliados progressistas, a direita mantém forte influência, tornando essa uma das principais batalhas eleitorais para 2026.

E você, acha que essa estratégia pode funcionar? Deixe sua opinião nos comentários!