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    Carros

    Caminhão arqueado: como nova moda cria “máquinas mortíferas” nas estradas

    Por Gabriel Araújo7 de outubro de 2022
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    Toda vez que pego a estrada, volto para casa com dezenas de perguntas e indignações. Minha última viagem foi uma semana atrás, quando percorri duas vezes (ida e volta) o trecho entre Salvador e Guanambi, no sudoeste baiano, de 670 quilômetros. Nesse trajeto, passei pelas BRs 324, 116 e 030 e pela BA-026 com vários trechos em situações deploráveis.

    Caminhao Mais Arqueado BR
    Foto: Caminhoneiros gastam com frequência mais de R$ 10 mil para levantar a traseira e circulavam impunes

    Mas não foi a condição da estrada o que mais me chocou, e sim o número de caminhões arqueados, ou seja, com a frente rebaixada e traseira empinada: uma verdadeira máquina de matar, mesmo em acidentes considerados simples.

    Com mais ou menos 200 quilômetros de viagem, decidi contar quantos caminhões alterados passavam pelo meu caminho: cheguei à conclusão de que a cada 10 veículos de carga, pelo menos dois estavam alterados.

    É claro que os 1,3 mil quilômetros que percorri não são nada perto de todas as estradas brasileiras, por isso, decidi conversar com o Rodolfo Rizotto, fundador do SOS Estradas, para entender se o que vi refletia a realidade. “Virou febre. No Instagram de grupos de caminhoneiros é uma loucura o que eles postam de barbaridades.”

    Pesquisando mais a fundo, percebi que os caminhoneiros que fazem as maiores intervenções são considerados verdadeiros ícones nesses grupos, como o Edson Juhem, conhecido como Jaquirana GBN, proprietário do caminhão mais arqueado do Brasil: Scania 114G 340, que vem acoplada em uma carreta com apenas um eixo. A carreta recebeu um suporte alongado para as bolsas de ar e balanças da suspensão. A badana, ou lameiro, tem 2,25 metros de altura.

    Não faltam ícones do movimentos como Cabelo Batateiro, denunciado em matéria anterior de UOL Carros e dono de caminhões super famosos que têm até apelidos carinhosos, como Joaninha. Um Scania P310 com dianteira encostada no chão e traseira elevada que chega a 1,70 m.

    Os modelos que vi nas estradas talvez não cheguem a esse nível de ousadia, mas estavam claramente com a traseira bem mais alta do que a configuração de fábrica e a dianteira encostando no chão. E o pior: completamente carregados.

    Caminhao Cabelo Batateiro Reproducao
    Traseira da “Joaninha” tem 1,70 m de altura! Foto:Imagem: Reprodução/Youtube

    Segundo informações de Rodrigo Kleinubing, engenheiro especialista em acidentes de trânsito, caminhões desse tipo são verdadeiras máquinas de matar. Isso porque, alterando características originais, não é mais possível garantir os mesmos parâmetros de estabilidade e frenagem do veículo.

    “A alteração mexe com dois itens que não devem ser mudados: a suspensão e o sistema de freios. Mexer no projeto original coloca em risco a segurança do caminhoneiro e de outras pessoas que transitam pelas estradas”.

    Traseira da “Joaninha” tem 1,70 m de altura! Foto:Imagem: Reprodução/Youtube
    Rodrigo alerta que os acidentes envolvendo veículos de carga com traseira elevada podem ser muito mais graves, considerando o grande número de batidas de carros de passeio atrás de caminhões nas rodovias devido à diferença de velocidade média.

    “Elevar a traseira incentiva o fenômeno de o carro entrar sob o caminhão em caso de batidas. Tínhamos esse problema sério no Brasil, que foi resolvido com a obrigação das placas retrorrefletoras e dos para-choques. Esse tipo de acidente é altamente letal porque quando um carro entra embaixo do caminhão é muito comum que os passageiros da frente sejam decapitados”, alerta o especialista.

    O que mais assusta nesse cenário é a cultura do “quanto pior, melhor”. Alguns desses caminhoneiros, nos grupos, argumentam que essas mudanças aumentam a estabilidade, o que não faz nenhum sentido, já que o centro de gravidade do carro é completamente alterado.

    Outros, menos preocupados com opiniões contrárias, acham graça quando o caminhão “foge” da estrada. Em que momento colocar a própria vida e a dos outros em perigo virou motivo de piada?

    Penalidade
    Apesar de não representar nada frente ao perigo em caso de acidentes, há punições para esse tipo de alteração. Suspensão irregular rende multa e retenção do veículo.

    Conforme inciso VII do artigo 230 do CTB, conduzir veículo com características alteradas sem autorização constitui infração grave, com acréscimo de cinco pontos no prontuário da CNH, multa de R$ 195,23 e retenção do veículo até a sua regularização.

    Fonte: UOL Carros (*)

    Gabriel Araújo
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    Jornalista, produtor de conteúdo digital, especialista em servidores Linux e Wordpress. Escreve sobre Carros, política, Esportes, Economia, Tecnologia, Ciência e Energias Renováveis.

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