BLOG DO DEUSIMAR- O HOMEM FORTE DAS ABELHAS FAZENDO SUA JUSTA REFERÊNCIA A SEU PROFESSOR DE RÁDIO E DIFUSÃO- ERINALDO BEZERRA DA SILVA.

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deusimar e esquerdinha

FOTOS VIAGEM A FAZENDA CIPO COM DR ERINALDO 166 (1)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Olá leitores(as) amigos(as) de nossos blog!!

Vejam quanta grandeza que  o meu professor Erinaldo Bezerra de radio e difusão, o melhor método de extensão rural, preparava e muita gente escutava através das ondas sonoras do Programa de Rádio, O Mensageiro Rural.

Para aqueles que não sabiam, este modesto blogueiro de vocês conjuntamente com seus ex- colegas extensionistas da equipe técnica da EMATER-BA-Monte Santo, precisamente no ano de 1988, recebeu a honrosa visita do brilhoso professor de Rádio e Difusão Erinaldo Bezerra, o idealizador do `Programa de Rádio- O Mensageiro Rural da Emissora Rural de Juazeiro, que por uma semana inteira ficou conosco, e nos deixou aptos a fazer por um bom período o Programa de Rádio- O Informativo Rural na Radio Piquaraçá-FM de Monte Santo. Pena que por motivos que nem merece ser revelados aqui, nosso querido Informativo Rural, que tantas alegrias e  conhecimentos técnicos  trouxe aos ouvintes das Rádios Piquaraçá FM e Jornal Grande Sertão AM, principalmente nossos sofridos, porém, importantes agricultores familiares foi cortado por duas vezes consecutivas, e depois definitivamente. Era a hora predileta do povo camponês bem cedinho receber na hora do primeiro cafezinho  quente do dia aquela valiosa carga de conhecimentos.

Em nome de todos(as)as meus(minhas) leitores(as) amigos(as), deixo aqui registrado em nosso modesto blog, os mais profundos agradecimentos  a este bom amigo, bom companheiro dessa fantástica  carreira da extensão rural, na qual passamos juntos por muitos anos sempre procurando fazer o bem sem olha a quem, nosso sofrido povo camponês  era nosso público alvo.

          

                                         CURSO DE APICULTURA!

 

( Erinaldo Bezerra da Silva)

Neste curso minha gente

Com Raimundinho e Nenen

Muita coisa aconteceu

Com Pedro e com Aristeu

Vou contar para vocês

Como tudo se sucedeu.

 

O professor Mário Lemos

A todo o mundo ensinava

De abelha sabe tudo

E a turma lhe perguntava

Mas tinha gente no grupo

Que às vezes cochilava.

 

O nosso amigo Givaldo

Falava muito de carneiro

De cavalo, galinha e porco

De bode pai de chiqueiro

E no caso das abelhas

Era muito interesseiro.

 

O senhor José Cláudio

A todo o mundo agradou

Falou muito, contou estórias

E disse até ao professor

Que tem abelha que come

Piolho que é um horror.

 

O nosso amigo Vinicius

Parecia um deputado

Com pose de marajá

Tranquilo e despreocupado

Participava do curso

Atento e muito calado.

 

Já o amigo Neguinho

Dizia com muita freqüência

Criar abelha é um boa

Vocês tomem consciência

Só tô com uma raiva danada

É com o dinheiro da emergência.

 

 

 

 

O francês Poudevigne

P’ra chegar não tinha horário

Escapulia do curso

P’ra aplicar questionário

Aquele cabra da peste

De nada tem de otário.

 

O Aristeu lá no canto

Com todo o seu pensamento

Só falava de “Tabaco”

O seu bonito jumento

E sobre abelha, dizia:

Tenho muito conhecimento.

 

O Nenen todo importante

Só queria ser o tal

Botava defeito em tudo

Falava em ser fiscal

Mas por causa de sua coluna

Padecia e passava mal.

 

O Tonho lá da Canoa

Muita coisa conversou

De abelha, quase nada

Mas afirma que namorou

As moças lá do Angico

E de galo muito cantou.

 

A amiga dona Creuza

Que sempre chegava atrasada

Perguntou ao professor Mário

Aflita e desesperada

Que é que eu faço com Nenen

Que não serve mais para nada.

 

O professor Mário Lemos

Com toda a diplomacia

Disse com muito respeito

Pouco sei de sexologia

Mas tomando mel de “oropa”

Nenen  recupera a energia.

 

 

 

 

O Joaquim da Cachoeirinha

Que o Pedrinho mandou

Bateu prego com o martelo

E no seu dedo acertou

Ouvi muita gente dizer

Que a cueca ele borrou.

 

O Erinaldo coitado

Que nem na Lagoinha mora

Por Toinho e Odonel

Era gozado toda hora

Só porque montou uma caixa

Com o lado de dentro p’ra fora.

 

O Toinho muito esperto

Só fazia conversar

Atrapalhava o serviço

Nem nylon sabia cortar

Imaginem se ele vai

Um dia abelha criar.

 

Com a esposa por perto

Raimundinho não paquerava

Ah! que marcação da peste

E o pobre não aguentava

Porém dizia que à noite

As contas êle acertava..

 

No dia da aula prática

Foi bastante o alvoroço

Nenen levou uma carreira

Tive pena deste moço

Pois com medo das abelhas

Quase cai dentro de um poço.

 

Do Jacaré veio Zé Flávio

Pr’a o curso participar

Menino bom mais afoito

Um enxame foi tirar

Levou uma carreira danada

Que foi difícil de encontrar.

 

O Valdeir muito sabido

Só queria o mel comer

Tomou conta do balde

Encheu a barriga pr’a valer

Deu-lhe uma dor de barriga

Que o cabra ficou a gemer.

 

O Zeca tomou umas biritas

Disposto pegou o machado

De abelha não tenho medo

Este é meu ousado recado

Mas levou tanta picada

Que o rosto ficou inchado.

 

O amigo Valdinei

Sujeito de muito valor

Tirava mel toda hora

Sem das abelhas ter temor

Com certeza ele vai ser

Um grande apicultor.

 

Com o amigo Raimundinho

Aconteceu uma desgraça

Foi tirar mel com usura

Engoliu muita fumaça

Teve até dor de barriga

Que quase caga na calça.

 

Quando Marciana quis

Um bolo gostoso fazer

Notou a falta do mel

E ao professor foi dizer

Que o Washington levou tudo

Pr’a em Juazeiro vender.

 

O Wilson nem se fala

Preguiçoso, ficava ali

No canto da sala de aula

Quase sempre a dormir

Vai ser ruim de serviço

Lá nas bandas do Piauí.

 

Dona Creuza aperriada

A todo o mundo bradou

Que em Canoa, um dia

Nenen palitinho jogou

E até hoje, escutem só

Ninguém sabe quem ganhou.

 

No intervalo do curso

Valdete pr’a o Pedro falou

Agora tu largas a cachaça

Ou professora eu não sou

Vendo tudo e vou embora

E nem uma jumenta te dou.

 

Dona Vera estava presente

Tentando o Carlos ajudar

Mas o que ele queria mesmo

Era pr’as “gatinhas” olhar

Mas como fazer a paquera

Com a mulher a atrapalhar.

 

Pedro contava estórias

Dizendo que namorava

As meninas de Canoa

Quando a Valdete viajava

Porém com ela por perto

O homem então se calava.

 

Lá na sua casinha

Albertina cozinhava

E também com suas filhas

Bode e feijão temperava

E muito cansada dizia

Por mim este curso acabava.

 

Esta estória tão confusa

Chega agora ao seu final

Pelo amor de Deus Pai

Não me façam nenhum mal

Pois estes versos foram feitos

Para o *Mensageiro Rural.

 

 

* Programa da EMATER-BA/Juazeiro

CONTRIBUIÇÃO DE: Erinaldo Bezerra da Silva- Ex-extensionista da EMATER-BA/EBDA-Juazeiro- Idealizador do Programa de Rádio – O MENSAGEIRO RURAL.

COLABORAÇÃO E COMPLEMENTOS DE:

José Deusimar Loiola Gonçalves
Apicultor;Meliponicultor; Ex- Diretor de Comunicação da FEBAMEL; Vice- Presidente da AMAMOS- Associação dos Meliponicultores e Apicultores de Monte Santo, e Pós Graduado em Gestão e Educação Ambiental.