Início Destaques EDITORIAL ANO XIII NÚMERO 440 – PARA ELES AUMENTO, AO TRABALHADOR… CONGELAMENTO!

EDITORIAL ANO XIII NÚMERO 440 – PARA ELES AUMENTO, AO TRABALHADOR… CONGELAMENTO!

Armino Imagem1Num instante da vida nacional em que se buscam soluções adequadas para muitos problemas sociais e econômicos, eis que um economista de escol, competente e ex-presidente do Banco Central, no período de 1999-2003, durante o 2º mandato do Presidente Fernando Henrique Cardoso, surpreendeu a nação ao exibir a absurda tese em nível nacional, de que a solução da nossa economia, está no “congelamento do Salário Mínimo por SEIS ANOS”!

No Brasil, em março do presente ano, 35,63% da população brasileira, o equivalente a 34,7 milhões de pessoas, recebia até um salário mínimo. Naturalmente que sobreviver com esse salário continua sendo um enorme desafio para milhões de trabalhadores. Mesmo com os esforços para ajustar o valor ao longo dos anos, a inflação e o custo de vida continuam a avançar em um ritmo que muitas vezes supera o reajuste salarial. É importante analisar, de maneira prática, a vida de sacrifício daqueles que dependem do salário mínimo, e o quanto precisam lutar para vencer as dificuldades.

Além da escassez para garantir a alimentação básica de toda a família, há insuficiência financeira para assegurar os serviços essenciais, como saúde, educação e transporte.

Parece irreal pretender que um salário mínimo de R$1.518,00 seja o valor suficiente para cobrir todas as necessidades de uma família média de 6 ou 7 pessoas, e que, além da alimentação básica, tem ainda a cobertura de custos de medicamentos, tarifas de água, energia e transporte, sem falar das despesas imprevisíveis. Lembrando que nem todos têm a casa própria e assim ainda há o custo do aluguel da casa em bairros da periferia, distantes do local de trabalho. E em sendo em bairros da periferia, tudo bem, porque muitas vezes é em situações piores.

Em meio a todo esse cenário de penúria e desigualdade social existente, seria de se esperar que um grande economista do setor privado, e que, por ter sido Presidente do Banco Central, conviveu com a experiência do quanto são extensos os problemas sociais e econômicos do País, e assim deveria ter outra visão e compreensão do problema.

Numa conclusão óbvia, era de se esperar que o Dr. Armínio Fraga oferecesse uma alternativa técnico-financeira para amenizar e não para agravar a vida do trabalhador. Ora, parece-me primária a concepção de que o Governo ao congelar o Salário Mínimo por SEIS ANOS algo iria melhorar na economia da Nação, visto que a crise social só se ampliaria! Mas, crise social, sinceramente, ele não conhece, pelo berço de ouro de suas origens. Então, pensar e expor um pensamento de tamanha dissonância com a realidade, não sabemos se o perdoamos ou o convidamos para vir passar apenas um dia no andar de baixo das classes sociais!

E como se não bastasse o absurdo dessa tese fantasiosa, ele, também, concebeu a idéia de que o Governo deveria alterar as regras de funcionamento do Sistema Único de Saúde-SUS. Assim declarou: “Não acredito que seja possível voltar ao modelo original do SUS. Acho que seria mais fácil caminhar para um modelo que seja mais um híbrido de alguns modelos europeus”. Cabe a pergunta ao Dr. Fraga: Onde está a similaridade entre um País do 3º Mundo, com graves problemas de saúde, e a Europa, para que o nosso SUS seja ajustado ao Sistema lá existente? Aliás, será mesmo que lá tem SUS?

Sempre avaliei o nosso Sistema Único de Saúde-SUS como algo que é a salvação do trabalhador e das famílias brasileiras que não podem pagar um Plano de Saúde. Mesmo assim, ainda são sofredores nas longas filas de marcações e esperas pelas madrugadas, mas tudo decorre da elevadíssima demanda de pessoas carentes de todo tipo de exames e tratamento.

Não posso conceber que tanto conhecimento de Economia do nobre Dr. Armínio Fraga, e não lhe permite enxergar a grave crise financeira do trabalhador diante de um salário congelado e um custo de vida que não congela! Ou seja, do pedestal em que ele e os demais do seu alto nível social se encontram, o vilão é sempre o povo.

Agenor Foto NovaAutor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador- BA.

 

Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade

José Deusimar Loiola Gonçalves
Técnico em Agropecuária- Ex-  Funcionário Publico do Governo do Estado de nossa linda e extensa Bahia ; Graduado em Administração de Médias e Pequenas Empresas; Licenciado em Biologia; Pós Graduado Em Gestão Educação Ambiental, e Tecnólogo  em Apicultura e Meliponicultura.

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