Boa Noite a todos e todas.
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José Deusimar Loiola Gonçalves
Apicultor Meliponicultor, Pós Graduado em Gestão e Educação Ambiental – Modesto Vice-Presidente da AMAMOS- Associação dos Meliponicultores e Apicultores de Monte Santo-Ba.
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By deusimar, 11/01/2014 11:56 pm
Artigo – UMA INVERSÃO DE VALORES
Autor: Agenor Santos
É notório que nenhuma sociedade tem o poder de construir a sua história num simples passe de mágica ou por um eventual decreto dos governantes. Ela é o resultado de um enorme conjunto de fatores raciais e culturais, das progressivas descobertas e do crescimento pelos caminhos naturais do aprendizado. Essas foram as regras básicas que impulsionaram o homem desde a pré-história, da Era dos Metais (Idade da Pedra, Idade do Bronze e Idade do Ferro) até a atual “Era do Silício”. É uma trajetória de milhares de anos marcada por civilizações de perfis os mais diferenciados possíveis.
Nos dias atuais, em meio a tanto desenvolvimento tecnológico que supera a cada minuto todas as expectativas humanas, que perfil basilar de sociedade está sendo construído para os nossos filhos, netos e bisnetos, que possa assegurar um trânsito tranquilo por esta vida? Naturalmente que a família é o alicerce que serve de base para a estrutura deste grande edifício social, mas é imprescindível que outras fontes de energia estejam agregadas para o alcance dos resultados pretendidos, assim como a boa educação, a boa saúde e um conjunto de outros princípios que devem constituir o bom caráter das pessoas.
Mesmo diante de todas essas convicções que envolvem o pensamento nobre de grande número de pessoas, impressiona ver como de outra parte existem tantos que tudo fazem para destruir os valores conquistados com o amadurecimento moral dessa mesma sociedade. Naturalmente que as leis, princípios e fundamentos que devem reger o comportamento e a conduta das pessoas no grupo social são definidos pelas instituições que constituem o Estado, e a elas cabe a grande responsabilidade de zelar por sua preservação. Esses guardiões das leis são os que merecem todo o nosso respeito e que devem ser preservados.
Mas, deixando de lado as ilações filosóficas e descendo à realidade do nosso Brasil de hoje, estamos diante de um povo afetado no seu íntimo por uma carga de profunda descrença, visto que passou a testemunhar uma ascendente inversão de valores e conceitos. Também, pudera, no comando de cargos públicos que deveriam estar ocupados por pessoas de integridade, às vezes há criminosos e bandidos no lugar; a criminalidade comanda ações de dentro dos presídios, paralisando as cidades, mandando incendiar coletivos, estabelecendo prazos às autoridades constituídas, etc.; os índios impedem a circulação de veículos e cobram pedágio, na Amazônia; a Câmara dos Deputados, em Brasília, já se habilita à mudança do nome para Câmara dos Deputados e Presidiários, pois lá temos os dois tipos de representantes, bastando lembrar que o Deputado Natan Donadon, da Cela 595, sai algemado para participar de sessão da Câmara, enquanto o ex-presidente Dep. João Paulo Cunha, que será preso a qualquer momento, disse que não vai renunciar ao mandato porque vai esperar a decisão da Câmara, naturalmente para saber se poderá acumular os mandatos de Deputado e Presidiário (!); e pelo andar da carruagem e cúmulo dos absurdos, quem sabe em breve teremos Comissões de Trabalho da Câmara fazendo reuniões no Presídio da Papuda!… Fica o desafio aos deputados sérios e íntegros da Câmara de Deputados, que sei que existem: por que não se unem em bloco para a defesa e moralização da Instituição?
Só para ilustrar, esperava eu o atendimento num dos Bancos oficiais e o clima era de impaciência e inquietação porque o Sistema estava fora do ar, fato que pode acontecer a qualquer momento. Mas, numa fração de segundos ouvi duas frases preocupantes de idosos que esperavam: “O sistema só funciona para político e deputado ladrão” e “Isso aqui está tão mangueado como o Brasil”. O desabafo era de entristecer e refletia total desprezo, mas outros sorriam e acenavam com a cabeça, afirmativamente!
Diante desses fatos e maus exemplos atualmente vigentes, a nossa geração tem sobre os ombros um pesado fardo de responsabilidade quanto ao que passará às gerações futuras. Enquanto há tempo, é preciso que haja a intervenção eficaz das autoridades sérias deste nosso país para conter nos seus limites esses desvios ou ainda que nós eleitores nos conscientizemos de que urge exercer o direito do voto de forma independente e responsável nas próximas eleições, dando um basta ao voto corrompido e mercantilista.
Contribuição e autoria: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – de Costa de Sauípe – Mata de S. João-BA [email protected]
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