Muito comum entre a população, o refluxo causa desconforto e mal estar aos que que sofrem desse problema. Entre suas principais causas, está o aparecimento da hérnia hiatal.
Na área do diafragma, há uma abertura conhecida como hiato, localizada na junção do esôfago com o estômago. Quando ela se alarga, acaba permitindo que a parte superior se projete para cima, gerando o refluxo.
Em alguns casos essa doença é congênita, mas, na maioria das vezes, ela se desenvolve ao longo da vida, como na gravidez ou em casos de ganho excessivo de peso. O refluxo também pode ser causado por situações em que o diafragma pressiona com estômago de tal forma que o ácido gástrico é jogado para cima, atingindo a região do esôfago. Tosse, vômito ou esforço físico para evacuar também podem causar esta hérnia de hiato.
Dieta pode ajudar
Seguir uma alimentação regrada pode ajudar a diminuir os efeitos e tratar a hérnia de hiato. É recomendada a utilização de um medicamento específico, como a bromoprida, mas, independentemente de seu uso, a mudança dos hábitos alimentares é fundamental para manutenção do bem-estar. Esse cuidado é ainda mais importante quando o aparecimento da hérnia está relacionado ao ganho excessivo de peso, já que a pressão intra abdominal piora o refluxo.
O consumo de alimentos gordurosos ou ácidos também são muito prejudiciais à mucosa do estômago, assim como alimentos com cafeína. Reduzir as gorduras e as calorias ingeridas ajuda a amenizar os sintomas, além de ajudar na perda de peso gradual. Para quem sofre com esse mal, o indicado é seguir uma rotina de exercícios físicos para a perda de pelo menos meio quilo por semana ou 1 quilo por mês.
Quando os alimentos com gordura são consumidos com bebidas carbonatadas de álcool, cola ou café eles apresentam um agravante: ficam ainda mais tempo no estômago, causando indigestão. No caso do consumo de álcool, o efeito é nocivo porque ele relaxa o diafragma.
Já os alimentos que são ricos em fibras (como pães integrais, cereais, vegetais e frutas frescas) podem funcionar como aliados em sua alimentação, pois ajudam no bom funcionamento do sistema digestivo e impedem a prisão de ventre, um problema que costuma agravar as crises de refluxo. A ingestão de líquidos – principalmente água – também é essencial para o tratamento.
Em vez de fazer grandes refeições com grandes espaços de tempo entre elas, é recomendável dividir as refeições entre 4 ou 5 pequenas ao longo do dia. Isso porque a dilatação exagerada do estômago piora os sintomas. Como as crises são mais comuns no período noturno, não é recomendado ingerir qualquer alimento por pelo menos duas horas antes de se deitar para dormir.
Mude os hábitos
Se você tem sintomas de refluxo, é importante que procure um profissional para identificar a origem do problema. No entanto, uma dieta balanceada e maior disciplina nos exercícios podem ter efeitos significativos em sua qualidade de vida.
Para tornar mais fácil essa mudança, tenha um diário no qual você marca os alimentos e bebidas ingeridos. Com esse registro, você terá uma dimensão mais clara de tudo o que come e do que deve evitar.
As refeições devem se dividir entre três mais elaboradas (café da manhã, almoço e jantar, normalmente) e dois lanches, sempre pobres em gordura, com muitas fibras. No jantar é o momento de se comer menos em relação ao resto do dia. Evitando excessos e evitando maus hábitos, é possível conviver com o refluxo de maneira mais fácil e agradável para seu cotidiano.