Este artigo foi originalmente publicado em 06 de abril de 2014 e, com leves adequações atuais, o editor optou em republicar, como “VALE A PENA LER DE NOVO”, já que encerra as mesmas verdades que gostaria de escrever agora, em exaltação à mulher, no dia em que institucionalmente é comemorado o “DIA INTERNACIONAL DA MULHER”.
A luta diária pela sobrevivência tem sido um componente marcante na vida de cada família, que enfrenta com amor, dedicação e coragem todo um elenco de problemas para vencer as dificuldades do dia a dia. É coisa do passado o tempo em que essa luta recaía apenas no grande herói, líder e batalhador de todas as horas, o eterno supridor de todas as necessidades do clã, o “Chefe de Família”. Mas os tempos passaram e um personagem na família adquiriu personalidade própria, venceu tremendos obstáculos, e com coragem e determinação conquistou o seu espaço: A MULHER, a ESPOSA, a COMPANHEIRA.
De antiga “dona de casa”, ou melhor, dona dos problemas da casa, pois a ela era reservada a dura incumbência de cuidar de todas as tarefas domésticas, desde cozinhar, lavar pratos, arrumar a casa, lavar e passar roupas, cuidar dos filhos e suas tarefas escolares, além de esposa presente, essa fantástica criatura conquistou o seu espaço no mercado de trabalho e deu o seu grito de independência. Mas esse não foi um grito raivoso, violento, uma ação tipo “black bloc” do lar, de rompimento dos laços que fazem a harmonia familiar, mas de afirmação de que agora não mais existe uma “dona de casa”, mas uma “parceira do lar”, uma companheira, uma verdadeira administradora dessa organização chamada: FAMÍLIA. E, às vezes, assume o papel do “PEREIRÃO”, que tudo resolve em casa, desde reparos elétricos a consertos de fechaduras. Conheço uma assim…!
Diante de todo esse processo de evolução da mulher, interessante é se observar que, além dessa guerreira ter agregado à sua vida as atividades profissionais externas, ela conseguiu manter o eficiente desempenho nas questões que envolvem o lar, agora evidenciando qualidades da perfeita gestora, que sabe, como ninguém, distribuir as muitas tarefas do dia. Essa extraordinária conquista social, antes de provocar no homem ira e ciúme em razão do seu tradicional comportamento machista, mostrou-lhe que essa guerreira ao seu lado não é apenas mulher, amante, esposa, companheira e mãe dos seus filhos, mas, também, uma legítima professora ou empresária que pode ensinar-lhe como administrar o seu tempo e conduzir com competência a solução de tantos problemas diários dessa empresa chamada “Família”. Sou um admirador inconteste do perfil dessa nova mulher, que sabe ser feminina e empresária, sabe ser dura na hora que as decisões exigem e cheia de doçura e meiguice nos momentos certos!
Não obstante todo esse universo de empolgação e encantamento, com o qual certamente os homens com um mínimo de sensibilidade devem concordar, existe ainda uma grave trincheira a ser superada por esse ser muito especial, que é alcançar o objetivo de vencer a grande batalha da violência contra a mulher, fruto da fraqueza de homens covardes que, diante de suas fragilidades, transformam os seus argumentos em agressividades inconsequentes e irresponsáveis. As leis existentes ainda são insuficientes para protegê-la.
Neste momento histórico em que tantas mulheres em todo o mundo ocupam cargos de relevância no plano político e jurídico – Presidência da República, Ministras de Tribunais Superiores, Ministério Público Estadual e Federal, como Juízas, Promotoras e Procuradoras, Câmara dos Deputados e de Vereadores, e Senado Federal, além de altos cargos Executivos no segmento empresarial – nada mais oportuno que adequar as leis, urgentemente, a uma paridade de direitos visando dar-lhes uma segurança mais digna e que justifique os novos tempos.
Minha saudação e meu carinho permanente a essa batalhadora incansável, cuja homenagem não deve ficar restrita ao DIA INTERNACIONAL DA MULHER, em 8 de março, mas digna do nosso respeito e reverência durante todo o tempo. E que elas aceitem o meu estado de graça!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.
NOTA DO AUTOR: Permitam-me repetir essa crônica de 2014, com pequenas adequações. Desejei dizer algo diferente, mas as verdades antes ditas merecem ser repetidas, porque são conceitos sobre essa guerreira que não se modificaram!
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 08/03/2018