Estátuas dos 12 Profetas, no Santuário de Bom Jesus de Matosinho, em Congonhas-MG
A frase de um pensador já dizia que “Tudo que é bom tem um fim e todo fim tem um recomeço” (Dalvan Miotto). É impressionante como dá um prazer muito especial viajar, confraternizar, conhecer novas pessoas e fazer novas amizades! Toda viagem em grupo é uma oportunidade única para momentos alegres e prazerosos, mas que, inexoravelmente, o percurso tem um fim… Cabe-nos, contudo, pensar e construir o seu recomeço!
Voltamos felizes – eu e minha esposa -, por termos realizado mais um giro turístico pelo Brasil, num grupo de 42 pessoas super agradáveis e boas companheiras, organizado com muita eficiência e competência pela Agência AXÉ VIAGENS E TURISMO, de Salvador, em visita às cidades Históricas de Minas Gerais, mais precipuamente as cidades de Tiradentes, Cordisburgo, Congonhas, São João Del Rei, Ouro Preto e Diamantina, além da bela capital do Estado, Belo Horizonte. Visitamos, também, a bela atração que é o museu de arte contemporânea e jardim botânico na localidade de Inhotim, Município de Brumadinho. Ao final, a fisionomia alegre de todos evidenciava o grau de satisfação deixado pelos passeios.
É importante ressaltar que grande parte do sucesso dos passeios realizados deve-se à extraordinária qualidade do trabalho profissional desenvolvido pelo guia mineiro que nos acompanhou durante 10 dias: HORÁCIO LACERDA! O nível cultural exibido no seu desempenho foi um detalhe tão relevante que mereceu os aplausos de todos os integrantes do grupo. Foi um exemplo de equilíbrio e capacidade em narrar de forma inteligente todos os mínimos detalhes ao longo da trajetória do ônibus, cuja convivência ao longo do período somente ampliou e consolidou os conhecimentos no mais alto nível.
Além do rico acervo arquitetônico barroco do Estado, foi importante conhecer de forma mais detalhada a extraordinária obra em Pedra-Sabão deixada pelo fantástico entalhador, escultor e arquiteto brasileiro, que viveu entre os séculos XVIII e XIX, e considerado um dos principais artistas do Brasil colonial: Antonio Francisco Lisboa Nascimento (o Aleijadinho), nascido em 29 de agosto de 1730, em Ouro Preto. São 66 estátuas que ornamentam suas capelas e as imagens dos 12 Profetas em Pedras-Sabão. Essas obras, feitas com perfeição são importantes representantes da genialidade do artista e se sobressaem no cenário do estilo barroco no nosso país.
Impossível visitar Minas Gerais e não conhecer o espaço cultural preservado para homenagear o grande acadêmico, diplomata e escritor mineiro JOÃO GUIMARÃES ROSA, que é a casa onde nasceu em 27/06/1908 em sua terra natal de Codisburgo, A sua principal obra foi o romance GRANDE SERTÃO VEREDAS.
Outro personagem emblemático de Minas Gerais e que nasceu em Diamantina-MG, foi o médico e 21º. Presidente da Republica, Dr. JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA, o JK, que desenvolveu projetos arrojados no País, destacando-se a implantação da moderníssima Capital Federal no centro-oeste do Brasil, com o nome de Brasília, e inaugurada em 21 de abril de 1960, hoje com 65 anos. Em paralelo, lançou um Plano de Metas econômicas, visando acelerar o desenvolvimento. denominado “50 ANOS EM 5”.
Mas, além de ser um Estado cujas Cidades Históricas “respiram história e cultura em cada uma de suas ruas”, há uma particularidade da cultura mineira que muito impressionou a todos. Foi perceber o vasto cabedal de expressões que objetivam abreviar o tamanho das palavras, encurtando os seus sons e mudando o significado de algumas, como se fosse um dialeto próprio. Diria que mais parece um “DIALETO MINEIRÊS”. Eis alguns exemplos que captamos:
– “Uai, sô, cê tá bão?” / “Uai, sô, cadê o trem que tava aqui?”
– “Cê é fi di quem?” / “Qê cê qé?”
– “Arreda a cadeira aí pra eu passar.” / “Ô, véi, vamo tomar um café?”
– “Me dá só um cadin de café.” / “Já deu a hora, vamo picar a mula!”
E assim, quando menos imaginamos, embevecidos de tanta cultura, novidades e interações positivas, com tantas aulas de pura história e conteúdos os mais ricos possíveis, tudo ao vivo e a cores, e de uma forma real e especial, não vimos os dias passarem. E quando nos demos conta e abrimos os olhos era hora de voltar, deixando para trás os encantos de uma viagem tão didática e proveitosa… deu vontade de ficar naquele lugar. Foi essa a nossa sensação!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador- BA.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade
7 Comentários
Bom dia, seu Agenor!
Com a minha bonita e pacata convivencia com os “Mineiros”, vou comentar como se mineiro fosse:
Uai, moço, muito obrigado por ter vindo conhecer a nossa Minas Gerais e por ter se encantado com a nossa cultura!
Cê gostou da nossa comida, sô? Espero que sim! Só de saber que ocê aprendeu umas palavrinhas do nosso “mineirês”, já fiquei foi feliz demais da conta.
Na próxima vez, fica mais um cadinho com a gente, uai! Assim vai dar pra ocê aprender ainda mais dessas expressões que só a gente aqui em Minas fala. Além daquelas que ocê já conhece, tem muito mais!
Olha só mais umas que ocê ainda vai ouvir por aqui:
“Num tô dando conta, não!” – “Tá só o pó!” – “Ô trem bão!” – “Deu uma estrovenga danada!” – “Tá envesado”.
Tamo te esperando pra uma nova visita, viu? Vai ser bão demais da conta te receber de novo!
Abraço mineiro e inté mais!
O Artigo dessa semana nos traz informações e um vasto conteúdo das belas histórias contadas através da históricas cidades mineiras ali bem perto da capital Belo Horizonte! Tudo bem dito e bem visto, tudo bem passado para nós leitores que de certa forma viajamos ao ler cada paragrafo e cada detalhe tão bem narrado.
Boa dia, Amigo Agenor
Mais um excelente texto. Permita-me deixar um breve comentário. Gratidão imensa pelo compartilhamento. (Salvador-BA):
* Fico feliz em saber que sua viagem por Minas Gerais foi tão enriquecedora e que vocês aproveitaram cada momento, conhecendo suas cidades históricas, obras de arte, cultura e até o dialeto mineiro tão característico.
* É realmente inspirador perceber como uma experiência assim pode deixar uma sensação de querer ficar mais tempo, absorvendo toda a beleza, história e cultura do lugar.
* E, claro, o trabalho do guia Horácio Lacerda parece ter feito toda a diferença, contribuindo para que a viagem fosse ainda mais especial.
* Se eu precisar de alguma dica ou quiser planejar uma viagem para lá, já sei quem poderá me ajudar. (Salvador-BA).
Olá meu caro amigo de longa data.
Infelizmente não foi possível nosso encontro. Você e sua digníssima D. Adélia, integrante de um grupo de 42 turistas, com agenda super lotada e, de minha parte, por estar em viagem para o interior de MG (280 km) e com obras no sítio, programadas há mais de 6 meses.
Tem nada não, antes de passarmos para o “andar de cima”, Deus nos concederá a oportunidade de nos encontrarmos para prosearmos à vontade. Se não aqui em MG, o faremos em Uauá em 2026 (100 anos de emancipação).
Das cidades que vc nos honrou com a visita, várias eu tive o privilégio de trabalhar vários dias no período que estive na Auditoria do BB:
– 1ª missão (estágio)…Ouro Preto
– outras missões (rotina): Brumadinho, Cordisburgo, Diamantina, Sete Lagoas, além de residir em BH, há 33 anos
Que legal que vcs gostaram e foram conduzidos por um Guia de elevado conhecimento e dedicação à função. Parabéns. Amém e Amém! (Dom Cavati-MG).
Agenor,
Ao lê a sua crônica, foi como voltar a viajar e curtir os momentos alegres que vivemos.
É uma pena que os brasileiros valorizam mais conhecer os outros países do que o nosso, tão rico em cultura e beleza. Vamos fazer outras viagens desbravando o nosso Brasil.
Muito obrigada pela citação da nossa AXÉ e nosso guia amigo Horácio.
Parabéns sempre por suas belas e oportunas crônicas. Posso publicar?
Um grande abraço para você e Adélia e até São Luis. (Salvador-BA).
Amei, Agenor. Muito legal o seu texto (Salvador-BA).
Olá Agenor, muito boa a crônica! “O peso do sim e o doce da culpa”. Parabéns. (Salvador-BA).