Tenho uma leve percepção de que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa melhorar a sua equipe de Assessores, com o objetivo de orientar e redirecionar as suas atitudes e ações para um universo de problemas internos prioritários, ao invés de assumir posturas voltadas a temas internacionais que não se justificam para um país como o Brasil. Viajar para buscar negócios e investimentos merece o aplauso interno. Mas, usar de loquacidade político-ideológica desmedida para se manifestar sobre conflitos internacionais, não me parece sensato ou recomendável.
Por exemplo, existem duas guerras em curso pelo mundo, as quais eclodiram não em decorrência de atritos repentinos e divergências da atualidade entre as partes, mas que tem as suas origens em litígios históricos e odiosos. Qual a competência que tem o Brasil e o seu Presidente para estar dando palpites no âmbito internacional, cuja repercussão só pode produzir efeitos negativos e de conseqüências indesejáveis! Ou seja, como diz o ditado, “quem fala demais dá bom dia a cavalo”. E parece ser isso que está acontecendo!
O silêncio que se percebe do lado das potências que integram Grupos como União Européia, OEA e OTAN – exceto os EUA -, cujos Presidentes nada opinam sobre tais guerras, dão bem a noção da prudência que preservam diante de enfrentamentos dessa natureza. Essa responsabilidade é atribuição das Nações Unidas – ONU.
Assumir postura inadequada de acusar uma das partes na guerra do Oriente, como o Lula o fez, ao afirmar “que Israel está cometendo genocídio e defender que a solução do conflito passa exclusivamente pelo fim da ‘ocupação israelense’, o presidente ignora, mais uma vez, a realidade dos fatos, escolhendo o caminho da retórica ideológica, e não da responsabilidade diplomática”. […] Ao falar em ‘genocídio’, o presidente desrespeita mais uma vez a memória das vítimas do Holocausto e banaliza um dos crimes mais graves da história da humanidade. Sua fala não é apenas falsa, é perigosa. Ela legitima o terrorismo, estimula o antissemitismo e isola o Brasil no cenário internacional, ao colocá-lo ao lado de regimes ditatoriais que sufocam liberdades”. (Fonte: Revista The Economist).
Para um País historicamente integrado ao bloco Ocidental, é inaceitável que a esquerda brasileira tenha a pretensão de impor ao Brasil e ao seu povo um indesejável alinhamento ideológico com a esquerda internacional!
Sem a pretensão de partidarizar em defesa de Israel, não se pode deixar de lembrar que tudo começou em função do ataque terrorista do Hamás, em 07 de outubro de 2023, quando morreram 1.200 israelenses e fizeram 220 reféns. Daí em diante o diálogo pela paz se torna uma pretensão muito complexa. Obviamente que lamentamos a morte de milhares de vidas inocentes ao longo dessa guerra, todavia, sabemos que a estratégia de guerra dos terroristas é se infiltrarem nas comunidades civis, que assim ficam expostas e vulneráveis aos freqüentes bombardeios.
A Nação brasileira precisa recuperar a boa tradição que sempre teve no campo da diplomacia, assim como o Ministério das Relações Exteriores deve recuperar o papel importante que sempre desempenhou na definição das relações políticas externas do Estado brasileiro, valorizando e preservando a soberania nacional. Uma postura mais ponderada evitará o desnecessário desgaste do Chefe de Estado brasileiro, como tem ocorrido com frequência nos últimos tempos, principalmente no conceito dos analistas da imprensa internacional.
Estamos vivenciando perspectivas econômicas não muito alentadoras, e que podem ter uma evolução no sentido do agravamento diante dos acontecimentos externos, principalmente depois do advento ameaçador dos “tarifaços”.
Baixar um pouco o tom de voz e aplicar habilidade nas negociações, em substituição à agressividade inconveniente e inconseqüente, permitirá que sejam encontradas as soluções adequadas à superação dos prejuízos que ameaçam a economia nacional e mundial. Resumindo: a civilidade precisa prevalecer, porque o mundo é bem maior do que os preceitos radicais dos ideológicos da vida!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade
7 Comentários
A ILUSTRAÇÃO DO ARTIGO DIZ TUDO: Desequilíbrio EM TUDO. O DESTEMPERO NO FALAR É A PIOR COISA QUE PODE EXISTIR EM QUEM TEM UMA FUNÇÃO E RESPONSABILIDADE DE GERIR ALGO. QUANTO MAIS UMA NAÇÃO!
Excelente crônica, parabéns Agenor. É verdade que Lula está dando palpites em questões externas, assuntos que não são de sua competência. (Salvador-BA).
Concordo plenamente consigo, Agenor Santos . Temos um presidente não eleito pelo povo, colocado pelo STF, por uma eleição duvidosa; um ex presidiário condenado por 3 instâncias, que só nos envergonha, coloiado aos países comunistas, achando-se o dono do mundo. Virão coisas horríveis por aí, e a culpa é desse bandido solto. (Miguel Calmon-BA).
Muito pertinente. Parabéns (Salvador-BA).
A síntese mais perfeita da situação atual. Parabéns, Grande Chefe!
(Uauá-BA).
Esse Rato Barbudo Ladrão esta perdido no tempo. (Uauá-BA).
Muito bem lembrado amigo e em determinadas situações, “o silêncio vale ouro”.
Ótimo domingo e feliz dia do amigo! (Rio de janeiro-RJ).