Após cinco dias de intensas Festas Juninas, o que mais se ouviu aqui em Uauá e, certamente, em todo o Nordeste brasileiro, foi a palavra: RESSACA! Impossível isso não acontecer, porque, além de ser uma festa longa, os melhores shows são colocados na madrugada e, às vezes, amanhecendo o dia. Essa espera, associada à bebida, obviamente que a coisa vai pegar…
Bem, como as alegrias naturais do São João que presenciei em Uauá foram reforçadas por shows de famosos nacionais como Lucy Alves, Joelma e Alcimar Monteiro, e já cumpriram a sua importante missão de trazer um alento aos corações desse sofrido povo, pelo menos na medida de um temporário esquecimento das más notícias, vamos pensar em algo maléfico que porventura tenham nos preparado nesse intervalo de tempo, e admirar o grau de competência da bandidagem desse País? Que tal ativar a nossa imaginação sobre esse novo tema: “QUAL SERÁ O PRÓXIMO ESCÂNDALO DO CALENDÁRIO?”
Assim, como foi enfatizado na crônica da última semana, bem que alguém neste País, responsável por elaborar o Calendário Nacional e onde estão registradas com destaque as datas tradicionais, deveria intercalar entre os períodos de Festas informados, os escândalos passados, presentes e futuros, para que não sejam esquecidos pelo cidadão, e até mesmo mantidos os registros para a própria História nacional. Se isso for possível, seria interessante colocar a data devidamente, incluindo o nome e sobrenome dos bandidos envolvidos em roubar o povo.
Não tenham dúvidas de que enquanto o povo e as autoridades se divertiam inocentemente durante o São João, a bandidagem do “Colarinho Branco” deve ter trabalhado incansavelmente para desenvolver novas operações. Vejam, através da definição, como é notável a amplitude das ações desse grupo do crime.
O termo “colarinho branco” refere-se ao traje comumente associado a essas pessoas, “como ternos e camisas sociais, que as diferenciam do estereótipo tradicional de criminosos. Apesar de não serem violentos, os crimes de colarinho branco podem ser extremamente prejudiciais, causando perdas financeiras substanciais, corrompendo instituições e minando a confiança pública. Esses crimes podem incluir fraudes, corrupção, lavagem de dinheiro, evasão fiscal e outros delitos que não envolvem violência física, mas podem ter conseqüências econômicas e sociais significativas”. Fonte: https://www. google.com/ search?q= bandidos+do+ colarinho+branco.
Em razão da frequência com que esses crimes se repetem, e face ao elevado grau de prejuízos causados à sociedade, as leis punitivas de maior intensidade estão a exigir maior rigor nos critérios de julgamento dos ilustres juízes das diversas Instâncias do Judiciário. Inclusive, é preciso acabar com o privilégio concedido ao condenado de responder em liberdade pelos crimes cometidos, isso quando é beneficiado através do recurso jurídico da FIANÇA, que é um valor em dinheiro ou bens recolhidos à justiça. Embora não signifique que a pessoa está inocentada, mas continua livre até mesmo para complementar os crimes antes praticados. Ou seja, é dado o direito de se movimentar e quem sabe “guardar” de forma mais segura o resultado do furto praticado.
Não há qualquer dúvida de que um dos fatores que estimulam o aumento da criminalidade no País se encontra amparado no alto grau de IMPUNIDADE dos criminosos, tanto pelos crimes que tiram a vida do cidadão, como por aqueles de caráter econômico, que dolorosamente afetam toda a sociedade. Interessante é que o cidadão comum não pode errar num ato contra o patrimônio público, mas, os poderosos podem nos roubar descaradamente por vezes seguidas, e ninguém ver nenhum deles a pagar por tal mazela! Mas, como se diz comumente, isso aqui é Brasil!
A sistemática frequência de descobertas e anúncios de tantos escândalos envolvendo as instituições nacionais, e com a participação ativa ou passiva de importantes agentes públicos, entristece e envergonha toda a população brasileira, sobretudo diante do fato, já recorrente, de que “a Polícia prende e a Justiça solta”.
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador–BA.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade
3 Comentários
QUAL SERÁ MESMO O PRÓXIMO NÃO PODEMOS PRECISAR ONDE E QUANDO ACONTECERÁ. MAS, UMA CERTEZA EXISTE: HAVERÁ ISSO É UMA RIMA?
SIM, QUE JÁ PREVÊ ALGO RUIM… E NÃO SE TRATA DE PESSIMISMO POIS ESTÁ DIFÍCIL OTIMISMO! OU NÃO ESTÁ?
Caro Agenor, bom dia!
Sua pergunta – “Qual será o próximo escândalo do calendário?” – é mais atual do que nunca.
A única dúvida mesmo parece ser o calendário, já que hoje é dia de São Pedro e, com o fim das festas juninas, encerra-se também o último recesso informal da população até sabe-se lá quando.
Agora, sem fogueira, quadrilha ou milho cozido, voltamos ao noticiário quente de sempre.
Quanto aos escândalos, esses não seguem feriado. São diários, frequentes, e quase pontuais – como se obedecessem a um cronograma perverso. Já aprendemos a conviver com eles como se fossem parte da previsão do tempo: “mínima de 18°, máxima de um novo rombo nos cofres públicos”.
Depois do assalto no INSS e da “emenda criativa” no IOF, vem aí o novo capítulo: Uma investigação que envolve ao menos 80 parlamentares e dirigentes partidários, todos – veja só – denunciados por quem não entrou na partilha. Parece que agora, além da corrupção institucionalizada, temos a delação por ciúmes.
A essa altura, Agenor, a pergunta talvez devesse ser reformulada:
Qual será o escândalo de amanhã?
Porque o de hoje já está a caminho do Jornal Nacional.
Forte abraço, Florisvaldo
Caríssimo Cronista Agenor Francisco dos Santos! Em nome de meus(minhas) conterrâneos(as) de Uauá, deixo aqui registrado os sinceros agradecimentos pela sua costumeira participação em mais uma tradicional festa junina em minha terra natal, e sua por título de Cidadão Uauense outorgado pela Egrégia Câmara de Vereadores através do Projeto de Lei de autoria do eterno e saudoso Vereador Pedro Ferreira Sobrinho. Por motivos alheios à minha vontade, desta feita não pude marcar presença, mas fiquei muito feliz ao tomar conhecimento através desta sua belíssima crônica que os festejos juninos contaram com expressivas participações de artistas famosos, a exemplo do Alcimar Monteiro. Com relação ao assunto do 2º momento da crônica, respondendo ao seu questionamento no próprio título deste Editorial, é bom lembrar que neste mesmo Calendário do mês junino a PF através da Operação Overclean grampeou 2, dos milhares de ladrões do colarinho branco espalhados pelo Brasil a fora, desta feita no interior de nossa linda e extensa Bahia, os atuais prefeitos de Boquira e Ipitanga. É pra lá de vergonhoso essa turma que está no topo dos poderes se julgando ser nossos legítimos representantes nas 3 principais esferas de Governo: Municipal/Estadual/Federal, desviando os recursos de nossas carentes e necessárias Políticas Públicas sem o mínimo do mínimo de escrúpulo.
Colaboração e Complementos de:
José Deusimar Loiola Gonçalves
Técnico em Agropecuária (Assistente Técnico de Desenvolvimento Rural-FLEM-BAHIATER-Governo do Estado); Graduado em Administração de Médias e Pequenas Empresas; Licenciado em Biologia; Pós Graduado Em Gestão Educação Ambiental e Acadêmico da UNITAU-EAD-Polo de Tucano – Curso Superior de Tecnologia em Apicultura e Meliponicultura.
Zap: (75) 99998-0025 (Vivo) .
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