A história política de um país, além dos óbvios registros oficiais e institucionais necessariamente presentes em todos os capítulos, é sempre enriquecida por detalhes os mais variados e especiais possíveis que acontecem no dia a dia. Uns acontecimentos são lúdicos e folclóricos, e outros potencializam graves preocupações nos corações dos cidadãos, conduzindo-os a profundas e inevitáveis reflexões.
Com a Nação brasileira não poderia ser diferente das demais, e assim há episódios bons e ruins que se repetem ao longo da história. Os agentes são os personagens muito conhecidos de todos, cujo desempenho ganha ênfase na exacerbada luta pelo poder, seja de Direita ou de Esquerda. Só que essa luta pelo poder é ferrenha entre eles, ao ponto de muitas vezes chegarem ao extremismo das “vias de fato”… As páginas do noticiário que o digam!
Se esta disputa estivesse restrita ao desejo de mostrar a competência de governar em benefício do povo, tenho certeza que os fatores ideológicos não teriam maior relevância. Todavia, em todos os segmentos político-partidários, o que se torna mais representativo são ações voltadas para alimentar os interesses pessoais, valorizando o crime da corrupção incontrolável no desvio dos recursos públicos. E aqui novamente voltamos às páginas de notícias, e lá encontraremos as piores mazelas, e entendemos o porquê de brigarem tanto pelo poder.
Quando uma ou outra ideologia assume o poder, percebe-se que logo é abandonado o respeito aos princípios defendidos ao longo das tradicionais pregações, ganhando destaque a imoralidade administrativa. Essa é a experiência que nos passam ao longo dos respectivos mandatos. Certamente que em ambas as correntes político-ideológicas, existem aqueles que se constituem na exceção à regra, não figurando no contexto generalizado.
Exatamente em decorrência desses conflitos de ideologia, o Brasil vive atualmente num preocupante momento da sua história. A Esquerda no poder e a Direita na oposição. Essa convivência, ainda que internamente também haja conflitos no campo ideológico, o que se torna mais preocupante é a grave e imprópria interferência externa, gerando um campo de combate indesejável para a normalidade da boa prática diplomática. Além disso, quem deve resolver seus problemas é o povo que é soberano e representante maior de cada Nação.
A verdade é que o “Tarifaço” americano apareceu no cenário como o ícone da crise, mas a evolução dos fatos vem indicando que há no meio de tudo isso um elemento oculto chamado “Lítio”, mineral que é essencial para a fabricação de baterias de veículos elétricos, celulares e outros dispositivos eletrônicos, que o Trump deseja e que, certamente, será o instrumento de paz a ser acionado nesse atrito gerado pelos EUA com o Brasil!
Sabemos do desejo americano de acesso as nossas minas de Lítio. Inconcebível, é que países amigos de séculos de história, não tenham a competência de utilizar os recursos da boa Diplomacia para negociar e alcançar os seus objetivos.
Por outro lado, é um absurdo que entre essas duas Nações esteja colocada a imagem de um ex-presidente a interferir negativamente nas relações diplomáticas. Os pecados, ou não, que tenham sido cometidos pelo ex-presidente Bolsonaro, a defesa cabe a ele e aos seus advogados, e não a interferências externas indevidas, pelo simples fato de haver um laço de fiel amizade que, aliás, ninguém sabe de onde surgiu!
É um fato concreto que há excessos nas decisões monocráticas de algum Ministro, ou do próprio STF. Mas, a “Constituição Federal, em seu art. 52, II, atribui ao Senado Federal a competência para processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal nos crimes de responsabilidade”. Assim, não cabe aos presidentes de outras nações estarem a emitir julgamentos sobre assuntos internos do Brasil, de qualquer natureza, e a produzir ameaças. É uma ingerência imprópria e condenável!
Vamos esperar que o bom senso se restabeleça e os poderosos compreendam que mesmo uma Nação sem o poder político e econômico similar às potências, a sua soberania nacional merece respeito. E que, Direita e Esquerda, tenham o máximo cuidado de não caírem na vala tirana da vaidade, vindo a morrer juntas.
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade
6 Comentários
Caro Agenor, bom dia!
O editorial que leva o título “Esquerda / Direita: Por que não pra frente?”, demonstra clareza e coragem ao analisar o cenário político brasileiro, indo além das disputas ideológicas para revelar riscos à soberania e ao futuro do país. Com olhar sensível e crítico, voce expõe interesses ocultos, denuncia ingerências externas e convoca Direita e Esquerda a abandonarem a vaidade para que o Brasil avance. Parabéns!
Bem ditas palavras do nosso Cronista.
Esses senhores e senhoras que se intitulam de direita, esquerda ou de centro, só precisariam saber se comportar e honrar a confiança recebida do povo. Isso seria o suficiente!
Muito bom!
Ótimo final de semana e feliz dia dos pais, com um forte abraço! (Rio de Janeiro-RJ.
Bom dia meu amigo Agenor,
Parabéns mais uma vez pela bela reflexão ! Os extremos deveriam desistir do próximo pleito porque, seja qual for o ganhador, o embate pós eleição continuará e, ADMINISTRAÇÃO? ZERO!
ARISTÓTELES já disse há mais de tantos e tantos anos que o GOVERNO é do meio da mesa e não dos cantos dela.
DEUS PROVERÁ!
FORTE ABRAÇO E FELIZ DIA DOS PAIS.
A intervenção externa dá -se pelo motivo de imposições monocratas vindas de um supremo desmoralizado , com manifestações tiranas de perseguições políticas, e de um presidente que só estimulou a situação, oferecendo jaboticabas ao representante da maior nação do planeta, economicamente e militarmente, sem falar que o chamou de nazista e optou por tirar o dólar da moeda chave mundial. Diz que quem procura, acha. (Miguel Calmon-BA).
Excelente!!