Guerra: Governo Lula Fica do Lado do Irã e critica ataque dos EUA e Israel

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou veementemente os ataques realizados por Israel e Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã. Em nota divulgada pelo Itamaraty no domingo (22), o Ministério das Relações Exteriores classificou as ações como uma violação da soberania iraniana e do direito internacional.

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ataques a Instalações Nucleares: Um Risco Global

O comunicado do governo brasileiro destacou que qualquer ataque a instalações nucleares representa uma grave transgressão da Carta das Nações Unidas e das normas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Além disso, ações militares desse tipo colocam em risco a vida de civis, aumentando a possibilidade de contaminação radioativa e desastres ambientais de grandes proporções.

O Brasil reafirmou sua posição histórica em favor do uso pacífico da energia nuclear e rejeitou qualquer forma de proliferação de armas atômicas, especialmente em regiões instáveis como o Oriente Médio. O texto também condenou os ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas, que têm causado um número crescente de vítimas civis e danos a infraestruturas essenciais, incluindo hospitais – protegidos pelo direito internacional humanitário.

Chamado à Contenção e à Diplomacia

O Itamaraty pediu máxima moderação a todos os envolvidos no conflito e reforçou a necessidade urgente de uma solução diplomática para interromper o ciclo de violência. O governo brasileiro alertou que a escalada militar atual pode ter consequências irreversíveis para a paz global, a estabilidade regional e o regime de não proliferação nuclear.

Contexto do Conflito

No dia 13 de abril, Israel lançou um ataque surpresa contra o Irã, acusando o país de estar perto de desenvolver uma arma nuclear. No sábado (21), os EUA bombardearam três instalações nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan.

O Irã, por sua vez, nega estar desenvolvendo armas nucleares e afirma que seu programa atômico tem fins exclusivamente pacíficos. O país alega que estava em negociação com os EUA para garantir o cumprimento do Tratado de Não Proliferação Nuclear, do qual é signatário. No entanto, a AIEA já havia acusado o Irã de descumprir obrigações, enquanto Teerã rebate que a agência age sob influência política das potências ocidentais, como EUA, França e Reino Unido, que apoiam Israel no conflito.

Brasil como Mediador?

A postura do governo Lula reforça a tradição brasileira de defesa do multilateralismo e da resolução pacífica de conflitos. Em um momento de tensões geopolíticas extremas, o Brasil se coloca como uma voz que clama pela paz e pelo diálogo, evitando o agravamento de uma crise com repercussões globais.

Enquanto as potências ocidentais e o Oriente Médio se enfrentam, a comunidade internacional aguarda para ver se a pressão diplomática poderá evitar uma guerra ainda mais ampla.

E você, acredita que a diplomacia ainda pode frear essa escalada de violência? Deixe sua opinião nos comentários!