RIO – Um dos 29 presos pela Polícia Federal nesta terça-feira, na operação “Rush”, Guilherme Lourenço Carneiro, já vinha sendo monitorado desde setembro deste ano pelos policiais. Nesta terça-feira, e ele contou que escapou de ser preso no dia 6 daquele mês por um motivo inusitado: foi avisado por uma cartomante. Segundo ele, um dia antes da suposta prisão, ele teria procurado uma cartomante em Ramos que previu que ele poderia ser preso ou baleado se fosse trabalhar. De fato no dia seguinte a PF prendeu quatro pessoas e apreendeu mais de 250 quilos de cocaína em uma ação no Aeroporto Internacional Tom Jobim do Rio de Janeiro. Um dos alvos era Guilherme, mas ele escapou por ter seguido o conselho e faltado ao trabalho.

A história de Guilherme foi revelada nesta terça-feira, na sede da PF do Rio, na Praça Mauá. Ele é um dos acusados de tráfico de drogas, contrabando de produtos eletrônicos e desvio de bebidas de aeronaves que foram capturados nesta terça-feira, depois de dez meses de investigações. Dos 36 mandados de prisão expedidos pela Justiça do Rio, 29 foram capturados numa das maiores operações para combater grupos organizados que operavam no Aeroporto Internacional Tom Jobim. A PF estima que a organização criminosa tenha movimentado cerca de R$ 17 milhões em apenas uma das operações.
Segundo o delegado Fábio Andrade, da Delegacia do Aeroporto Internacional Tom Jobim do Rio, a quadrilha começou a ser monitorada em fevereiro.
— Apreendemos cerca de sete carros de luxo e vamos continuar investigando, já que há suspeita de outras pessoas envolvidas na quadrilha — afirmou o delegado.
CÂMERAS FLAGRAM AÇÃO DE CRIMINOSOS
Durante as investigações, os policiais federais conseguiram monitorar o grupo em plena ação. Em uma das imagens reunidas no inquérito, câmeras do aeroporto flagraram o funcionário de uma companhia aérea, Victor Pereira Almeida, um dos presos nesta terça-feira, usando um carrinho para retirar duas malas com produtos contrabandeados da esteira de um voo doméstico.
As imagens mostram o momento em que as malas saem da área de desembarque e são deixadas por Victor no saguão de desembarque doméstico do Aeroporto Internacional do Rio. Victor deixa o carrinho com as malas num ponto do aeroporto até elas serem recolhidas por Jhonnatas William Fernandes, também preso nesta terça-feira.
Fonte: O Globo