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    Esportes

    Jogador do Vitória que morreu em tragédia com avião da Chapecoense tinha o sonho de se firmar com a 10 do Leão

    Por Gabriel Araújo1 de dezembro de 2016
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    Arthur Maia não foi diferente dos demais meninos que buscam o sonho de ser jogador de futebol. Em 2002, com pouco mais de 10 anos, se despediu da família em Maceió e se juntou com outros tantos sonhadores que moravam no alojamento da divisão de base do Vitória.

    Ele mesmo dizia que havia se tornado adulto aos 10 anos, quando precisou superar qualquer tipo de saudade e dependência dos familiares. Porém, nunca tratou isso como uma dificuldade, pois era justamente o que queria passar. No braço, tinha tatuado um trecho de uma música do Charlie Brown Jr: “Filho de guerreiro, a família vem primeiro, a rua me educou e me formou um verdadeiro … Vou com fé, vou com determinação, sangue nos olhos no caminho da evolução”.

    Foto: Arisson Marinho/Arquivo CORREIO
    Foto: Arisson Marinho/Arquivo CORREIO

    Ele era diferente, sem dúvida. Desde pequeno, Maia tinha uma mistura de ambição e obsessão pela camisa 10 do Vitória. Ele queria ser um número. Uma numeração direcionada ao craque do time, a responsabilidade de ser o cara. Desde os tempos da base, tinha a camisa 10 como companheira. Destaque em cada categoria, seu nome já era esperado no profissional quando mal tinha completado 16 anos. Resquícios de um peso que a camisa 10 remete. Ele foi a 10 no infantil, juvenil e júnior. Em 2010, aos 17 anos, Arthur Maia fez seu primeiro jogo como profissional, contra o Feirense, pelo Campeonato Baiano daquele ano. Não vestiu a 10, mas substituiu justamente Ramon Menezes, na época do dono da camisa 10 rubro-negra.

    O peso e o desejo da camisa pareciam saturar o que as costas de Arthur Maia poderiam suportar. Antes mesmo dos 20 anos, ele já era visto com desconfiança, como uma “eterna promessa”. Porém, o jeito sempre sereno do atleta parecia suportar um turbilhão de críticas com uma frase que ele sempre repetia em suas entrevistas: “Quando nada der certo, continue fazendo o que é certo”, pregava. E foi assim que, antes mesmo de ter a camisa 10 do Vitória como sua companheira fixa, conseguiu ser 10 no Joinville, América-RN e até do Flamengo que teve Zico com a dita cuja. Até no Japão vestiu a 10. Mas sempre voltava para o Vitória. Ele queria aquela. Não poderia sair do Leão sem se sentir dono dela.

    No início de 2016, o sonho parecia se realizar. O Vitória anunciou uma numeração fixa para a temporada. E, pela primeira vez, Arthur Maia e a camisa 10 se encontraram. Tornaram-se um. Ninguém mais poderia tirar aquele sonho do garoto, agora com 23 anos. Foram 10 jogos com a camisa 10 rubro-negra até sua saída para a Chapecoense. Na sua despedida, uma declaração que parecia profética. “Pra quem tem fé a vida nunca tem fim”.

    Cárdenas herdou seu manto numérico. Cárdenas, que defendia o Atlético de Medellín, adversário que Arthur Maia enfrentaria hoje, se não fosse o trágico acidente aéreo que tirou a vida do meia que ainda tinha contrato com o Vitória até o final de 2017. E se engana quem acha que Maia não realizou seu sonho. Muitos vestiram a camisa 10 do Vitória e outros tantos surgirão. No único título nacional em que o Vitória conquistou, pela Copa do Brasil sub-20, Arthur Maia vestia sua paixão e obsessão. Ele era a referência. Ele era o camisa 10. (iBahia)

    Gabriel Araújo
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    Jornalista, produtor de conteúdo digital, especialista em servidores Linux e Wordpress. Escreve sobre Carros, política, Esportes, Economia, Tecnologia, Ciência e Energias Renováveis.

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