Um contingente de 45 policiais civis da Coordenação de Fiscalização de Produtos Controlados (CFPC) e de quatro Coordenadorias Regionais de Polícia do Interior participaram, nesta quarta-feira (5), da Operação Vulcano III, deflagrada simultaneamente pelo Exército Brasileiro em seis municípios baianos para fiscalizar o controle, o armazenamento e a utilização de explosivos, resultando em prisões e apreensões em Castro Alves e Pindobaçu.
Mineradoras, pedreiras e cooperativas de garimpeiros foram os principais alvos da operação, que prossegue até amanhã (6) e que, além de Castro Alves e Pindobaçu, também se concentrou nas cidades de Feira de Santana, Nazaré, Novo Horizonte, Senhor do Bonfim e Rio do Pires. O balanço final da ação será divulgado, nesta quinta-feira (6), às 14 horas, na sede do 35º Batalhão de Infantaria, em Feira, com a participação de representantes do Exército e das polícias Civil e Militar numa entrevista coletiva.
Em Castro Alves, os policiais apreenderam, nas dependências da Extratora de Minérios Júnior Rebouças Ltda, 750 metros de cordel detonante e duas espingardas artesanais para caça. O proprietário da empresa, Osvaldo da Silva Rebouças, 62 anos, não tinha o certificado de registro do Exército (CR) exigido para o funcionamento da mineradora, sendo indiciado por porte ilegal de arma e armazenamento irregular de material explosivo. O comerciante se apresentou espontaneamente na delegacia, para onde foram conduzidos dois dos seus funcionários, liberados posteriormente.
Já em Pindobaçu, três pessoas ligadas a uma cooperativa foram presas em flagrante por estarem armazenando explosivos de forma ilegal, por não apresentarem certificados de origem dos produtos e por adulterarem o sistema de explosão dos artefatos ali encontrados. A cooperativa acabou interditada e ainda teve lotes de emulsão explosiva apreendidos. Policiais da Coorpin de Senhor do Bonfim, à qual a cidade de Pindobaçu é subordinada, ainda visitariam outros alvos nesta quarta-feira.
O 35 BI, em Feira de Santana, foi utilizado como base da operação, organizada pela Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) e pelo Comando da 6ª Região Militar, que mobilizou 60 homens. A Polícia Militar, com 28 profissionais, e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) também apoiaram a iniciativa, destinada a constatar a ocorrência de desvios de material explosivo das empresas que manipulam este artefato, coibindo sua utilização por quadrilhas especializadas em roubos de caixas eletrônicos.
Segundo a cordenadora da CFPC, delegada Heloísa Simões, as equipes daquela coordenadoria, do Departamento de Polícia do Interior (Depin) e das 1ª 4ª, 19ª e 20ª Coorpins (Feira, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim e Brumado) foram mobilizadas para desempenhar as ações de polícia judiciária nos locais onde houvesse irregularidades na exploração de produtos explosivos. O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), vinculado ao Ministério de Minas e Energia, cedeu 12 profissionais para a operação.