Nesta quarta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a atacar o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um discurso que também trouxe críticas indiretas ao ex-mandatário brasileiro Jair Bolsonaro (PL). As declarações ocorrem em meio ao agravamento das tensões geopolíticas no Oriente Médio e reacendem o debate sobre o tom adotado por líderes mundiais.

“Deveria ser menos internet e mais chefe de Estado”, diz Lula sobre Trump
Durante sua fala, Lula afirmou que Trump, como líder de uma potência global, deveria adotar uma postura mais diplomática e menos impulsiva.
“Nesse mundo conturbado, um mundo em que você tem presidente com uma nação do tamanho dos Estados Unidos, que deveria primar pelo discurso, deveria pensar o que falar, deveria ser menos internet e ser mais chefe de Estado, deveria pensar mais em livre comércio, deveria pensar mais no multilateralismo, deveria pensar muito mais na paz. O que a gente vê todo santo dia na imprensa? A necessidade de uma desgraçada de uma manchete”, declarou.
A crítica parece fazer referência ao estilo comunicativo de Trump, conhecido por suas postagens polêmicas nas redes sociais durante e após seu mandato.
Comparação Indireta com Bolsonaro
Sem citar nomes, Lula também comparou a conduta de Trump à do ex-presidente Jair Bolsonaro, sugerindo que ambos priorizavam polêmicas e interesses pessoais em vez do bem público.
“Nós já tivemos presidente assim e vocês sabem que já tivemos. O que menos interessa é a verdade, o que menos interessa é o interesse do país, o que mais interessa são interesses escusos, pequenos”, completou.
A fala reforça a narrativa do governo atual de distanciamento das políticas do governo anterior, especialmente em temas como diplomacia, meio ambiente e relações internacionais.
Contexto do Discurso
As declarações foram feitas após uma reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que aprovou o aumento da mistura obrigatória de etanol na gasolina de 27,5% para 30%, além do incremento do biodiesel no diesel, que passará de 14% para 15%. A medida visa fortalecer a matriz energética renovável do Brasil e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
Repercussão e Críticas
A crítica de Lula a Trump deve reacender debates sobre as relações Brasil-EUA, especialmente em um momento em que o republicano busca a reeleição em 2024. Enquanto alguns apoiadores do governo petista veem as declarações como uma defesa da seriedade na política internacional, críticos argumentam que o tom confrontacional pode impactar negativamente a diplomacia brasileira.
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