Quais investimentos são isentos de imposto de renda?

Com a chegada das plataformas de investimento e fintechs ao mercado, as aplicações financeiras têm sido cada vez mais democratizadas. Hoje em dia é possível encontrar uma grande oferta ativos com valor mínimo de investimento baixo, fazendo com que haja opções para diferentes bolsos.

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Muitos investimentos prevêem o pagamento de taxas, como corretagem, administração e impostos. O investidor deve conhecê-los bem para evitar aplicar em ativos cujo rendimento seja comprometido por taxas muito elevadas.

Porém, há investimentos isentos de Imposto de Renda. A lista a seguir apresenta os principais deles.

Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio

São produtos que apresentam comportamento parecido. Funcionam como empréstimos que o investidor faz à instituições financeiras que, por sua vez usam os recursos para financiar atividades do mercado imobiliário (LCI) ou do agronegócio (LCA). Ambas são investimentos em renda fixa e que, na maioria das vezes, contam com a rentabilidade associada à taxa CDI. Elas também podem ser prefixadas ou pós- fixadas.

Tratam-se de produtos de baixo risco, pois são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), ou seja, são tão seguros quanto a poupança.

Além de contarem com isenção de IR, as LCIS e LCAs também têm boa liquidez, apesar da carência de 90 dias, o que significa que o investidor não pode retirar seu dinheiro antes disso sob pena de perder dinheiro.

Certificados de Recebíveis Imobiliários e Certificados de Recebíveis do Agronegócio

CRIs e CRAs também são boas opções em renda fixa. Elas são emitidas pelas companhias securitizadoras e lastradas em créditos imobiliários ou do agronegócio.

Sua referência são os contratos que envolvem dívidas, o que garante ao detentor do título o direito de receber o pagamento em uma data futura.

Um exemplo: quando uma construtora cria um empreendimento e começa a vender os apartamentos antes mesmo de as obras terem início, ela pode contratar uma securitizadora para “empacotar” os contratos de financiamento em CRI para vender para investidores.

Dessa forma, a construtora recebe o dinheiro à vista e pode transferir o direito do recebimento dos pagamentos a quem detém as CRIs, investidor que, por sua vez, também tem o benefício da isenção de IR.

Debêntures

São títulos de renda fixa emitidos por empresas. Por meio das debêntures, as companhias levantam  recursos para financiar diferentes tipos de projetos.

Assim, quando um investidor adquire uma debênture, ele empresta dinheiro a uma empresa que emite esse título para que, em contrapartida, receba o valor investido com juros no prazo acordado.

As debêntures incentivadas levam esse nome por apresentarem incentivos fiscais. Os rendimentos têm isenção de Imposto de Renda para a pessoa física.

A ideia é que a emissão dos títulos possam auxiliar no financiamento de empreendimentos de infraestrutura, assim o governo tem como estimular o investimento privado no país.

Fundos imobiliários

São fundos concentrados em imóveis ou papéis lastreados nesse tipo de bem. Eles representam uma possibilidade de o investidor lucrar com a valorização de imóveis, mesmo que não tenha 100% deles em seu nome, bastando participar de um conjunto e contribuir com sua parte. As cotas são negociadas na Bolsa de Valores.

Uma vantagem dos fundos imobiliários está na isenção de IR para rendimentos de pessoa física no limite de 10% do patrimônio do fundo. Entretanto, a venda das cotas fica sujeita à alíquota de 20% sobre o que for obtido.

Casos específicos no mercado de ações

Ao investir em ações, adquire-se pequenas partes de uma empresa e torna-se sócio daquele empreendimento. As pessoas costumam fazer isso quando veem potencial no negócio e acreditam que existe uma tendência para que os ativos se valorizem, fazendo com que seu preço de venda aumente, gerando lucro.

As ações permitem obter ganhos também por meio do recebimento de proventos.

Existem possibilidades de o investidor contar com isenção de imposto de renda ao recorrer ao mercado acionário. Entre elas está o recebimento de dividendos e o ganho com a valorização de papéis no limite de 20 mil Reais por mês.

Além disso, existe isenção de IR para operações feitas dentro da carteira em fundos que investem em vários fundos de ações. Ao resgatar de um fundo para fazer a aplicação em outro, esses ganhos não são tributados.

Gabriel Araújo: Jornalista, produtor de conteúdo digital, especialista em servidores Linux e Wordpress. Escreve sobre Carros, política, Esportes, Economia, Tecnologia, Ciência e Energias Renováveis.