Há pelo menos oito anos que o neurolinguista e coordenador de curso de inglês, Praxedes Silva, se caracteriza como zumbis junto a um grupo de pessoas e sai em caminhada pelo centro de Salvador. A “zombie walk”, como é chamada a caminhada, ocorre do Campo Grande ao bairro da Barra. Este ano, o encontro vai ser no dia 1° de novembro. No local, vai ter maquiagem gratuita. Qualquer interessado é convidado a participar.
“Tenho duas filhas adolescentes que, quando não se maquiam, ajudam a filmar. Minha esposa está grávida e vai fantasiada também. As pessoas se mobilizam por política, para testar algo, mas as pessoas podem também se mobilizar para apenas sair na rua e expressar uma arte de forma popular”, afirma.
Em 2013, “Merlim Thy Vamp”, apelido de Praxedes, conta que a ação chegou a reunir 1.200 pessoas. “Começou no Canadá, e aqui em Salvador já acontece há oito anos. No primeiro encontro só foram oito pessoas. A estimativa é que cerca de duas mil pessoas participem no evento deste ano. Tem gente que acha muito mas, em alguns lugares, chega a reunir 10 mil pessoas”, conta. “Os zumbis não representam nada, são só personagens fictícios”, diz.
No primeiro encontro, Praxedes participou como convidado. Ele conta que, com a quantidade ainda pequena de integrantes, os organizadores da época desanimaram, mas ele quis continuar com o evento. “Não desanimei com oito pessoas. Imaginava que, um dia, ia chegar a ter muita gente”, relembra, em conversa com a equipe do G1. “Cada zumbi tem a incubência de tirar fotos e mandar para os amigos”, diz sobre uma das formas de divulgação. (Fonte: G1)