EDITORIAL ANO I NUMERO 55 – TEMOS VAGAS DE EMPREGO PARA: MINISTROS!

EDITORIAL ANO I NUMERO 55 – TEMOS VAGAS DE EMPREGO PARA: MINISTROS!

A nação brasileira vive um momento inusitado em sua história, caracterizado pelos atropelos e traumas do Governo Federal ao requisitar na sociedade nomes dignos para compor a sua equipe. O fato surpreende e parece atípico até para os mais antigos que, certamente, não se recordam de ter visto no passado tamanha dificuldade e escassez. Tem sido um vexame inominável, para não dizer vergonhoso, que o Governo faça inúmeras tentativas para preencher vagas eventuais em seus Ministérios e dos nomes indicados pelos Partidos, nos últimos tempos, poucos resistem a uma triagem da Polícia Federal ou uma consulta aos investigados da Operação Lava-Jato.

O impasse que ora se testemunha para nomear algum Ministro, conduz qualquer mortal a algumas tristes conjecturas interrogativas: a) a sociedade estaria órfã de nomes íntegros e livres de comprometimento com a sujeira que aí está? b) os nomes detentores de Ficha Limpa estariam se recusando a participar de práticas pouco ortodoxas de governança? c) para o governo o que importa, apenas, é quantos votos os Partidos lhe garantem no Congresso, e não o cadastro decente dos indicados para os cargos? O cidadão comum aprovado num concurso, e que tenha qualquer pendência com o seu nome, vai ver o que lhe acontece! Mas, quando o assunto é do interesse deles, a regra do jogo logo muda, como sempre.

A situação chega a tal nível de complexidade que o país praticamente desacelera o segmento produtivo, a imprensa disponibiliza amplos espaços em suas pautas diárias sobre o cadastro negativo de determinados nomes, e concluo que o próprio cronista perde um pouco do seu tempo ao refletir sobre essa crítica realidade. Mas, como cidadãos e órgãos de comunicação preocupados com os destinos da pátria, não é possível silenciar diante das irresponsabilidades e negligências cometidas a todo instante, protagonizadas por um modelo de gestão governamental que mais parece priorizar a sustentação de um “Foro Privilegiado” de proteção dos seus membros, visto que quase totalidade da equipe responde por denúncias de vários calibres! O natural espírito de autoproteção não os estimula a abrir mão dessa imunidade que o cargo oferece.

Para que o leitor tenha uma exata dimensão da imperfeição do processo de escolha dos nomes indicados, o ex-Deputado Roberto Jefferson, liberado da prisão depois de 14 meses por envolvimento com o Mensalão (tem o mérito de tê-lo denunciado!), Presidente do PTB e podendo assegurar 15 votos de seus Deputados, obviamente que indicaria para Ministra do Trabalho a sua filha, a Deputada Cristiane Brasil! Essa nomeação o emocionou e o fez declarar que “resgata o meu nome”! O governo só não contava que a Justiça Federal embargaria essa posse. E o nome da velha raposa continuaria assombrando o galinheiro, sem resgate algum!

Os problemas econômicos herdados da presidente anterior, que somente eclodiram no primeiro ano do 2º. mandato e que resistiram a um eficiente processo de camuflagem, conquanto tenham deixado um peso considerável para este ou qualquer outro governo que a sucedesse, é verdade que outras deficiências de gestão têm contribuído para a visível instabilidade institucional atual no país. Talvez até em decorrência de tantos nomes de Ministros e o próprio Presidente da República, integrando o melancólico rol de delatados por corruptos presos, é muito natural que tudo isso promova, como consequência, enormes preocupações geradoras de insegurança, hesitação e fraqueza nas decisões de governo.

O sentido literal e etimológico da palavra RECICLAGEM nos indica a necessidade de “recuperar a parte útil dos dejetos e de reintroduzi-la no ciclo de produção de que eles provêm”. Não seria tão enfático assim, mas diria que os homens que conduzem a nossa República precisam passar por um reprocessamento que expurgue o lado interesseiro da sobrevivência pessoal e os habilite a pensar na defesa do Estado e da sociedade.

Essa mudança de atitude não somente exibirá um novo perfil transformado, mas trará, pelo exemplo, substanciais benefícios na formação de um novo cidadão brasileiro. E não digam que isso é difícil ou impossível de ser feito. É só querer mudar de postura. Vagas para Ministros vão sempre existir!

 

 

 

 

 

 

AUTOR: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público (Salvador-BA).

 

Contribuição de:Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 21/01/2018

COLABORAÇÃO E COMPLEMENTOS DE:

José Deusimar Loiola Gonçalves-
Técnico em Agropecuária(Assistente Técnico de Desenvolvimento Rural-FLEM-BAHIATER-Governo do Estado); Graduado em Administração de Médias e Pequenas Empresas ; Licenciado em Biologia e Pós Graduado Em Gestão e Educação Ambiental(Apicultor e Meliponicultor).
Fones de contato: 75- 99998-0025( Vivo-Wast App); 75- 99131-0784(Tim-Wast App)

3 COMENTÁRIOS

  1. Realmente você tem toda razão de fazer este comentário em relação à nomeação da Deputada, filha do deputado Jefferson que denunciou o mensalão. É uma vergonha e, para completar, o atual Governo Temer insiste em recorrer a instância superior, seja aprovada uma pessoa que, s.m.j., não tem a mínima condição moral de assumir o cargo de Ministra, em virtude de não cumprir a Lei do Trabalho, no caso de duas pessoas que contratou como seu motorista e foi esbarrar condenada pelo Tribunal do Trabalho. (Manaus-AM).

  2. Acho mais prático e melhor importarmos ministros de outros países que estão funcionando bem, e não são poucos, hein?! Como se fosse um síndico profissional… Provavelmente daria mais certo, cada qual em sua área de atuação, não como aqui que é só barganha política. Bora Baêaaa… (Rio de Janeiro-RJ).

  3. Esta constatação que o cronista apresenta nos nos demonstra como os nomes públicos são escolhidos no Brasil: apenas para favores políticos. Infelizmente em todos os escalões públicos, em qualquer esfera, existem os chamados cargos comissionados que apenas servem para reforçar o caixa 2 dos partidos políticos. Uma verdade que os partidos negam. E fico pensando, será que nos quadros públicos, já excelentemente remunerados, não existe a competência para exercer funções (quando existem) que hoje são atribuídos a assessores? E chego a conclusão , Agenor, que poderíamos começar extinguindo os inúteis cargos de assessores dos vereadores e contratar médicos. Precisamos de mais Brasil e menos cargos políticos. FOZ DO IGUAÇU

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