No terceiro dia de inscrições para o edital emergencial do Mais Médicos, balanço divulgado pelo Ministério da Saúde indica que 92% das vagas disponíveis já foram preenchidas e que 25.901 profissionais inscreveram-se para o programa. O governo seleciona médicos para ocupar 8.517 vagas abertas após o fim da participação de profissionais cubanos no programa.
Desde a última quarta (21), quando as inscrições foram abertas, 7.871 médicos já escolheram os locais onde pretendem trabalhar, conforme previsto pelo edital. Na manhã desta sexta, 27 deles apresentaram-se para iniciar as atividades nos municípios que indicaram.
No balanço feito na quinta (22), 11.429 estavam inscritos até às 17h, dos quais 5.212 estavam efetivados. Na ocasião, muitos médicos reclamavam de instabilidade para acessarem o formulário de inscrição.
Já nesta sexta, de acordo com a Saúde, dos quase 26 mil inscritos, 17.519 médicos que tiveram o pedido efetivado até às 16h30. A candidatura ao programa é confirmada quando as informações do médico já foram conferidas. Ele também precisa ter o registro válido no CRM (Conselho Regional de Medicina).
No dia 21 de novembro, primeiro dia para o preenchimento do cadastro, houve 1 milhão de acessos simultâneos ao sistema, “volume característico de ataques cibernéticos“, conforme confirmou o governo. O total é “mais que o dobro do número de médicos em atuação no país”.
Os problemas fizeram com que as inscrições, que seriam realizadas inicialmente até o dia 25 de novembro, fossem estendidas até 7 de dezembro.
Após o período de inscrição, a próxima etapa é a apresentação dos documentos exigidos para validação de gestores e início das atividades nos municípios. Inicialmente, o cronograma previa que as atividades iniciassem no dia 3 de dezembro.
Com a saída de médicos cubanos, que já deixa unidades de saúde sem médicos, a pasta passou a sugerir a possibilidade de apresentação imediata já a partir desta sexta, com data final até 14 de dezembro. Até o momento, segundo o ministério, 40 médicos já se apresentaram nas unidades básicas de saúde.
Os profissionais do Mais Médicos recebem bolsa-formação (atualmente no valor de R$ 11,8 mil) e uma ajuda de custo inicial entre R$ 10 e R$ 30 mil para deslocamento para o município de atuação. Além disso, todos têm a moradia e a alimentação custeadas pelas prefeituras.