“Poesia não dá camisa.
Mas quando o poeta tem uma musa,
não precisa de blusa,
vive de brisa.”
Pedro Bial
“A poesia não se entrega a quem a define.”
Mário Quintana
“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.”
Fernando Pessoa.
Sempre gostei muito de ler e escrever e sempre tive a certeza que seria jornalista, escritor ou algo relacionado a estas áreas afins.
A escrita juntamente com a leitura, constantemente, esteve presente no meu dia a dia desde quando eu era criança.
Escrevia, inclusive, em um caderno verde, que ganhei de presente, poesias em que descrevia as minhas impressões sobre as pessoas e o mundo. Mas, infelizmente, acabei perdendo, por aí, o caderninho verde nas inúmeras vezes em que me mudei.
Agora, fico muito curioso em saber o que pensava na época, a respeito de assuntos como: o amor, a amizade, a vida e entre outros inúmeros assuntos constantes naquelas escritas solitárias.
Depois disso continuei a escrever, esporadicamente, a respeito de tudo e não só poesia. Mas, desistir da “carreira” de poeta, pois vi que não levava jeito para as coisas referente à escrita de poemas e poesias.
Além de entender que poesia não dá camisa, como escreveu o jornalista Pedro Bial em seu poema, que diz o seguinte: “Poesia não dá camisa, Mas quando o poeta tem uma musa, não precisa de blusa, vive de brisa”.
Deixei alguns versos guardados, por muito tempo, na gaveta, sem que ninguém os visse, com vergonha do que escrevia, pois sempre me achei muito amador.
Porém, decidir deixar aqui publicados, esta semana, alguns poemas para a apreciação dos meus leitores e espero, sinceramente, que gostem.
O mar é como Deus?
Na imensidão do mar, a solidão.
Mas, que solidão?
Se na solidão do mar, eu me sinto feliz.
E essa felicidade, que sinto,
vem em sentir que Deus está comigo.
E que Ele é maior,
muito maior do que tudo isto que está, aqui, em minha frente.
Coração x Coleção
Na escola,
rola cola.
Passa cola,
cheira cola.
Cola papel, com cola.
Estoura a bola,
Cola a bola, com cola.
Abre coca-cola,
toma coca-cola.
Explode o coração, de paixão.
Cola o coração.
Eta! Colação!
Fazer nada
Ela nada com toda a calma.
Nada com o objetivo de aliviar a alma.
Criando uma nova forma de, em seguida, não fazer nada.
Enquanto isto, eu não fazia nada, enquanto ela nadava.
Apenasmente ficava olhando para ela, enquanto ela nadava.
Sinceramente! Eu gosto de não ficar fazendo nada.
Sou até muito preguiçoso para nadar.
Mas, o que posso fazer se o que ela mais preza, na vida, é nadar!
Eu tenho plena convicção que ela não gosta de ficar sem fazer nada.
E gosta deveras de nadar.
Enquanto isto, deitado na minha espreguiçadeira, pensando em nada.
Fico a vendo nadar.
Marcelio Oliveira (Para o Portaldenoticias.net)
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