Uma adolescente ganhou de presente neste Natal um animal de estimação nada convencional em Juiz de Fora. Letícia Matos, de 15 anos, pediu aos pais uma cobra de estimação e teve o pedido atendido – ganhou uma jiboia nesta segunda-feira (25).
O interesse no animal partiu após contato direto, em uma feira de ciências realizada no Colégio de Aplicação João XXIII, onde estudou em 2017.
“Sempre gostei de animais e tenho vontade de cursar Medicina Veterinária. Na minha escola teve a feira de ciências este ano em que pude ter contato com uma jiboia e me despertou um interesse em ter uma também. Foi então que decidi pedir de presente de Natal”, contou a adolescente.
Ao G1, ela destacou que pesquisou bastante antes de pedir o animal e que está preparada para cuidar da jiboia, que ainda é filhote. “Tenho certeza que vou gostar muito do animal e vou dar toda a atenção que ela precisa, cuidando bem da alimentação dela e realizando a limpeza adequada no terrário”, garantiu.
O animal de estimação inusitado foi dado de presente pelo pai da adolescente, Clécius Matos, de 44 anos. Inicialmente, ele achou um pouco estranho, mas consultou pesquisas e percebeu que não haveria problemas em presentear a filha com a cobra.
“Essa espécie não tem veneno, nem presas inoculadoras. É um tipo de cobra que pode ser domesticada”, afirmou.
Clécius disse que o animal foi adquirido de um criatório autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Esmeralda (MG) e que é legalizado.
A serpente possui, na região subcutânea, um microchip que permite que qualquer órgão fiscalizador ambiental faça a leitura e determine de onde veio, espécie, idade, padrão de cor, entre outras características do animal.
“Estas informações são importantes, uma vez que possuir um animal silvestre da nossa fauna em cativeiro constitui crime ambiental. A legalização tem objetivo de coibir o tráfico de animais silvestres”, completou.
A jiboia é a segunda maior espécie de cobra da fauna brasileira e pode ter entre dois e quatro metros após atingir a fase adulta.
