BLOGUEIRO DEUSIMAR DAS ABELHAS APRESENTANDO O RELATÓRIO DO CONGRESSISTA DRÁUZIO CORREIA GAMA DO VI CONBAPI DE ILHÉUS.

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DEUSSIMAR E  JORGE AMADO.
Olá leitores(as) amigos(as) de nosso blog!!
Em função da maldade da ação maldosa de chupa cabra que levou o instrumento de trabalho deste modesto blogueiro de vocês lá no Festival do Umbu em minha terra natal Uauá,vai atrasar um pouco a montagem de meu costumeiro relatório que sempre faço dos congressos, e desta feita vou elaborar o relatório do VI CONGRESSO BAIANO DE APICULTURA DE ILHÉUS. as fotos foram registradas em meu yphone S-4 e está com problemas no cabo para transferir para o notebook. Assim sendo, aproveito o ensejo, para como uma prévia, postar o relatório do bom companheiro congressista, o acadêmico da UFS-Universidade Federal de Sergipe do curso de Engenharia Florestal, Dráuzio Correia Gama. Confesso que fiquei admirado com o conteúdo do relatório do companheiro Dráuzio, que inclusive, algumas de suas argumentações, a exemplo da maneira como procedeu a condução dos trabalhos da comissão avaliadora das inovações tecnológicas do qual acho que fui vítima, como também da comissão técnica científica na avaliação dos trabalhos científicos apresentados durante o congresso.Foi um tanto duro, mas devemos respeitá-lo, porque cada cabeça é um mundo diferente.
Gostaria de lembrar a tod@s que o relatório postado abaixo é de autoria do futuro Engenheiro Florestal Dráuzio Correia Gama, e o deste modesto blogueiro de vocês será apresentado no decorrer desta semana vindoura.
Uma boa tarde!!
FOTOS YPHONE EM 21-03-15 157

CONTRIBUIÇÃO DE:
José Deusimar Loiola Gonçalves
Apicultor Meliponicultor,Diretor de Comunicação da FEBAMEL,,e Pós Graduado em Gestão e Educação Ambiental – EBDA Monte Santo
(75) 9131-0784/ 9998-0025

VI CONGRESSO BAIANO DE APICULTURA
REALIZADO EM ILHEUS-BA DE 07 A 10 DE JULHO DE 2015.
Por ouvir vários comentários quanto ao baixo nível de satisfação dos
congressistas perante a organização e execução do Congresso durante os quatro dias de
realização do evento e, principalmente, por eu ter testemunhado algumas falhas desde o
período de divulgação até o encerramento do mesmo, senti-me na obrigação, como
apicultor congressista preocupado pelo futuro da qualidade do Congresso Baiano de
Apicultura para as próximas edições, de relatar de forma imparcial, incondicional e
irrestrita algumas considerações a respeito de alguns aspectos que julgo importante, os
quais serão relatados por tópicos para melhor compreensão.
Divulgação
Por se tratar de um evento a nível estadual e o qual só ocorre bianualmente, ou
seja, espera-se dois anos para ocorrer, eu percebi uma grande lacuna no aspecto
publicidade do mesmo. A começar pela inexistência de outdoors em Ilhéus, nas vias de
acesso ao município. Outro aspecto foi que no domingo que antecedia a semana do
Congresso, eu não vi nenhuma chamada nos programas rurais mais tradicionais da TV
brasileira como o Bahia Rural e o Globo Rural. Quanto ao site só ficou disponível ao
público faltando pouco mais de dois meses para início do evento, onde em qualquer
evento que se preze, vai ao ar seis meses antes, no mínimo. Também não sei se houve
alguma chamada, propaganda ou entrevista em rádios locais do município de Ilhéus.
Caso não houve, essa foi também outra falha gravíssima.
A falta de uma divulgação e publicidade maior e séria implica em dar pouca
importância ao evento. Implica basicamente em não ter público, tratando-se ainda mais
de um Congresso que só ocorre de dois em dois anos.
Programação
Inicialmente eu achei uma grande falhar colocar minicursos no mesmo horário
das palestras do grande auditório. Além de provocar a dispersão e esvaziamento do
público, muitos se sentiram prejudicados sem saber se faziam o minicurso ou se assistia
à palestra.
De outro modo, o tema “Profissionalismo e Sustentabilidade”, como foi o tema
dessa edição, exige que o evento tenha um nível acima da média. Profissionalismo para
a cadeia apícola, de um modo geral, exige a abordagem de pelo menos os
conhecimentos mais comuns para realizar o profissionalismo de uma atividade. Por
exemplo, no sistema de produção, comercialização, controle de qualidade; setor de
tributação e fiscal; pesquisa e inovação tecnológica; mercado interno e externo, enfim.
Principalmente pelo fato do evento ter um direcionamento focado aos apicultores mais
experientes e não aos mais novos, necessariamente, como foi falado. Nesse sentido, a
programação ficou um pouco a desejar, pois se falou de coisas de certo modo
irrelevantes, considerando a proposta ‘Profissionalismo’, quando deixou de abordar
outras mais importantes. Falou-se de mercado, restrito somente ao mercado institucional
(PAA-PNAE) e a tal da expansão da comercialização dos produtos apícolas. E só! Pois
sendo mercado a fatia mais importante da cadeia, deveria ser transversalizadas com
outros temas os quais são o que garante o mercado de fato, como análises físicoquímicas
para a qualidade do produto, por exemplo. Além de abordar novas questões
tributárias; as perspectivas para o mercado interno e para o mercado externo diante a
crise nacional e alta do dólar, por exemplo.
Falar de quantidade do mel exportado, vendido, comprado, fornecido… Isso
não é falar de profissionalismo por si só. Isso é mais sobre manejo de produção e
demanda de mercado. Profissionalismo, até onde eu entendo, é o produtor saber gerir
seu negócio, como garantir uma quantidade do produto solicitada com qualidade e
prazos certos por meio de contratos, além de saber das questões econômicas e
tributárias. Profissionalismo no âmbito de mercado, no mínimo é saber de contratos e
planos de negócio. No mínimo! E isso não foi abordado, já que falou-se de
Profissionalismo.
Da forma como algumas palestras foram abordadas, como por exemplo, saúde
das abelhas e cooperativismo, necessariamente não cabia como palestra, mas sim em
formato de minicurso. A não ser que fossem algumas partes específicas resultados de
trabalhos de pesquisas com grande relevância. Mas falar dos símbolos do
cooperativismo numa palestra de um Congresso com o tema Profissionalismo é
inadmissível. Como falei isso se encaixa perfeitamente em minicurso para iniciantes do
cooperativismo.
O uso do termo Congresso para um evento implica sê-lo de alto nível.
Congresso é um espaço para abordagem de temas com resultados de pesquisas
desenvolvidas na atualidade, por exemplo. Pois falar em palestra que o apicultor precisa
colocar mais de uma melgueira no ninho em época de pico de florada, isso se pode falar
em reunião com amigos ou no máximo em algum Seminário local.
Em Congresso é: como anda as inovações tecnológicas em outros Estados ou
fora do país? Quais os resultados de pesquisas atuais sobre aumento de consumo do
mel, formas de agregação de valor e perspectivas do mel na utilização da indústria
farmacêutica? Além da Cera, Própolis, pólen, Geleia Real…? Quais as ferramentas
tecnológicas no Brasil e no Mundo disponível para uma boa gestão?…
Enfim, são experiências de pesquisas científicas e novidades desenvolvidas que
se deve abordar em eventos chamado de Congresso. Os demais, podem ser colocados
como minicursos.
Sobre o tema “Sustentabilidade”, esse foi pouco explorado e muito mal
explorado! Já que se tem a abelha como um dos mais importantes polinizadores para a
conservação da natureza (no caso das nativas) e para produção de alimentos (no caso
das abelhas do gênero Apis spp.), o tema sustentabilidade mereceria ser o único tema,
pois além de existir uma gama de temas para palestra nessa área, trata-se de algo ainda
muito escasso na atividade apícola, onde muitas vezes é utilizada só como modismo.
Pois as abelhas Apis spp. podem causar tanto impacto positivo quanto negativo ao
ecossistema. Ou seja, existe uma capacidade de suporte limite. E isso ninguém nunca
discutiu de forma abrangente e detalhada. Lamentável! Ouvimos tantos sobre mudanças
climáticas e cadê a palestra de âmbito científico sobre essas mudanças afetando a
produção e a qualidade do mel? Afetando os aspectos sociais pela baixa produção, os
aspectos gerenciais e econômicos? Sobre a problemática do desmatamento, como
detectar/diagnosticar, controlar, combater ou contornar a situação? Quais as ferramentas
tecnológicas que possam ser úteis para minimar tais problemas?
É ridículo um palestrante falar que é preciso plantar mudas disso e daquilo para
conter o desmatamento. Plantar árvores é importante sim e devemos fazer sempre. Mas
isso nunca irá combater o desmatamento. Combater o desmatamento se faz de outras
formas, desde já sabendo que é um processo lento e de longo prazo. Palestrantes para
esse tema estão cheio nas Universidades do Brasil!
Minicursos
Com relação aos minicursos, os horários não foram ao agrado dos congressistas,
pelo fato de serem iguais aos horários das palestras das 9h00 da manhã. Enfim, os temas
ficaram muito restritos somente a parte de produção e manejo. Ou seja, incompleto e
insatisfatório por se tratar do tema Profissionalismo. Deveria ter, como por exemplo,
minicursos para Elaboração de projetos e plano de negócios; Tributação e aspectos
fiscais; Noções de contabilidade; Análises de qualidade de mel e exigência de mercado;
ferramentas tecnológicas, enfim. Outra falha que percebi, tratando-se de minicursos
técnicos para tornar o tema Profissionalismo mais próximo do seu real sentido, foi à
falta de técnicos da EMBRAPA, SENAR, SEBRAE, SENAI, CAR ou ADAB para
ministrar minicursos.
Também ouvi de alguns Congressistas que o conteúdo de alguns minicursos não
tiveram nada a ver com o tema. E aqui, quanto ao minicurso que eu fiz, chamado
Gestão: Apiários, Entreposto e Casas de Mel, eu confirmo a minha insatisfação e de
alguns congressistas. Pois os três que ministraram esse minicurso não falaram NADA,
absolutamente NADA de Gestão. E eu esperava ouvir pelo menos o mínimo que eu sei.
Mas não, não houve uma vírgula sobre Gestão. O que se viu foi o Sr. Janhanderson falar
de Associativismo e os Srs. Jordans e Gimário falarem do sucesso de seus
empreendimentos e só. Tudo bem, se o minicurso fosse Associativismo, a fala do Sr.
Janhaderson estaria oportuna, da mesma forma se o tema fosse “Experiências de
Sucesso de Empreendedores Apícolas”, os demais estariam corretos em suas
apresentações. Mas quanto a Gestão não falaram nada com nada. Pois sobre Gestão para
a apicultura eu esperava que falassem no mínino sobre Gestão de Produção, Gestão de
Logística, Gestão de Pessoal, Gestão Ambiental e/ou Gestão Econômica. Onde Só em
Gestão Econômica poderia ser explanados como Elaborar Fluxo de Caixa, Cálculos de
Depreciação, Custo Médio de Produção, VPL, VPE, Ponto de Equilíbrio, Rentabilidade,
Taxa Mínima de Retorno… E nada disso foi citado! Pois se era para falar de conquistas
e sucessos, que fosse com outro tema ou em outro ambiente. No mínimo isso foi uma
falta de respeito aos presentes (como eu!) que estavam na ansiedade de aprender ou ter
noção de algo mais de Gestão. Repito no mínimo uma falta de respeito!
Comissão técnica científica – Trabalhos científicos
Com relação a esse aspecto, existiu uma insatisfação por parte dos autores dos
trabalhos do início da subimissão até a avaliação e premiação dos painéis (banners). A
começar pelas falhas primárias sobre o tópico submissão do resumo posta no site. Pois
no site estava escrito Resumo Simples, mas que na verdade era Resumo Expandido. E
que depois aceitaram tudo: Simples e Expandido, mas que o modelo era só do
Expandido. Para a Comissão Técnica Científica, eu lembro que Resumo simples é
completamente diferente de Expandido. O Simples é formado somente por uma lauda
enquanto que o Expandido utiliza-se de três a no máximo quatro laudas. Mas que
no site não tinha nenhum modelo para o Simples. UMA CONFUSÃO! Esse erro vindo
de uma Comissão Científica dotada de profissionais com título de Doutor é
inadmissível!
Outro erro grotesco foi à falta de organização quanto as Normas para Submissão,
pois essas normas no site falavam uma coisa completamente diferente do que estava no
Modelo, como o tamanho das margens, alinhamentos e fontes. Acredito que a pergunta
que todos que estavam adequando os seus trabalhos nas normas, era: “E agora, José?”.
Não achando pouco, os senhores da Comissão Científica não responderam
dúvidas que era enviado por e-mails.
Suponho até que os trabalhos não foram nem sequer lidos e sendo aceitos sem
pelo menos avisar ao autor sobre alguma correção qualquer.
Outra coisa que não é demais elucidar é que para a formação de uma Comissão
Técnica Científica para um evento, ainda mais se tratando de um evento com a
denominação de Congresso, os avaliadores devem ser compostos por especialistas de
variadas áreas a depender do tipo de trabalho submetido. Nesse caso, lendo os Anais, os
trabalhos exigiam especialistas principalmente na área de sistemática e taxonomia,
estatística, bioquímica e ferramentas tecnológicas como em geoprocessamento, por
exemplo, para que se pudessem fazer as devidas avaliações e correções. Isso para haver
uma avaliação realmente correta. No meu caso, qual foi o especialista em
geoprocessamento que leu o meu trabalho? Não recebi email de nada, de ninguém
relacionado a submissão do trabalho.
Pois a função básica de uma Comissão é ler, corrigir os trabalhos e manter a
comunicação. Onde com isso, os trabalhos podem ser aceitos imediatamente sem
correção, serem recusados ou devolvidos para os autores fazerem as devidas correções.
Alguns trabalhos possuem algum tipo de erro. Pergunto: a comissão leu
realmente os trabalhos? E quanto aos banners, muitos dos quais foram expostos sem um
mínimo possível da norma adequada.
Sobre à premiação, EU QUERIA QUE ALGUÉM ME RESPONDESSE QUAL
FOI O CRITÉRIO ADOTADO PARA O TRABALHO INTITULADO DE PROJETO
APIS-CHAPADA – EXPANDINDO A APICULTURA ORGANIZADA
NA CHAPADA DIAMANTINA, RECEBER O PRIMEIRO PRÊMIO?
O trabalho não tinha condições nenhuma de receber nem o último prêmio, por
vários razões, dentre alguns posso citar: FALTA DE REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA. Como pode uma Comissão Científica aceitar um trabalho e ainda
premiá-lo sem fontes, sem revisão de literatura, sem referência bibliográfica…? Isso é
no mínimo ridículo para não dizer outra coisa. Estamos falando aqui de Submissão de
Trabalhos Científicos, trabalhos com relevância acadêmica e não de concurso de
redação. Além do mais, o trabalho se utilizou, em algumas partes, de uma linguagem
nada formal ou cientifica, mas unicamente coloquial. E mais, onde foi visto nesse
trabalho uma relevância e nível de dificuldade que pudesse também justificar a
premiação?
E já que tinha resumos simples e expandidos, porque não organizou a premiação
nessas duas categorias?
Isso é no mínimo uma ESCULHAMBAÇÃO E UMA FALTA DE RESPEITO
por parte dessa tal Comissão para aqueles estudantes que fizeram trabalhos muitos bons
com alto nível de dificuldade e de relevância, como por exemplo nesses dois
trabalhos: AÇÃO ANTIFÚNGICA DA PRÓPOLIS VERMELHA SOBRE
ESPÉCIES DE CANDIDA DA CAVIDADE ORAL, onde tinha uma metodologia e
estatística bem elaborada. E o trabalho UTILIZAÇÃO DE SIG NO ESTUDO DA
DISTRIBUIÇÃO DE APIÁRIOS NO MUNICÍPIO DE RIBEIRA DO POMBALBA,
abordando sobre uma das mais importantes ferramentas de geoprocessamento e que
pouco é comentado na apicultura.
De todas as falhas desse Congresso o maior e o mais absurda foi essa Comissão
Técnica Científica. Cometeram, com o perdão da palavra, uma verdadeira CAGADA!
Palestras/palestrantes
Assim como falei anteriormente sobre algumas palestras, as quais algumas
foram boas: cito as palestras Pastagem apícola, Polinização e Geoprópolis, enquanto
que outras ficaram a desejar. Sendo que é importante ressaltar que para o tema
Profissionalismo da atividade, seja para o campo (produção) ou na empresa (gestão), o
evento ficou carente de temas que desse mais sentido ao referido tema como já
argumentei anteriormente.
Pois bem, mais uma vez eu me reporto aqui ao nível que um Congresso deve ter
para suas palestras. Pois um evento considerado Congresso, deve-se pautar,
NECESSARIAMENTE, a um padrão superior aos temas, na relevância do conteúdo e a
qualidade da apresentação.
Sobre relevância do conteúdo, os temas deveriam estar associados diretamente
ao tema que foi Profissionalismo e Sustentabilidade e que deveriam ser informações
novas, conhecimentos oriundos de pesquisas científicas, novidades relacionadas à
gestão, como contabilidade e contratos. E pelo menos um palestrante estrangeiro da área
para falar das experiências e as tendências da apicultura mundial. Ou seja, não se pode
falar em profissionalismo de uma atividade que produz commodities sem falar do
mercado mundial com gente ligada ao setor mundial diretamente, por exemplo.
Sobre a qualidade da apresentação, alguns pecaram bastante. Tanto no português
(com erros grosseiros), quanto na postura e no tipo de slide que pareciam ter feito por
algum de estudante de segundo grau e não por um palestrante contratado para um
Congresso a nível estadual. Pois eram imagens sem legendas, erros de grafia, textos
enormes e ainda lidos na íntegra, letras miúdas (nem o palestrante conseguia ler) e sem
prezar nem se quer pela estética da montagem do slide quanto a margens e alinhamento.
Com algumas exceções como na apresentação sobre Geoprópolis, explanado pelo
Richard.
Mas pergunto afinal de contas, qual era esse tal de profissionalismo e
sustentabilidade que o Congresso queria passar?
Congressistas
Quanto aos congressistas, estes precisam de educação. Claro que uns mais que
outros. Pois é inadmissível aceitar que o sujeito jogue papel toalha no chão do banheiro
tendo em sua frente um grande cesto de lixo ou na hora do almoço e janta, deixar cair
comida e não se dar o luxo de recolher e pior, o DESPERDÍCIO em pleno Congresso
que tem como tema a Sustentabilidade.
Uma coisa que não entendi: para que serviu aqueles copos plásticos coloridos
distribuídos ao público se os mesmos estavam utilizando copos descartáveis? Mas fica a
dúvida: não sei se o erro foi à falta de educação do Congressista em deixar de usar o seu
copo pessoal e usar o copo descartável (que só serve para fazer volume de lixo), ou dos
organizadores por colocarem copos descartáveis se já tinham distribuídos os copos
coloridos. Há quem diga que o erro foi de ambos: organizadores desatinados e
congressistas mal educados. Só comprova, infelizmente, que educação ambiental e
sustentabilidade para a maioria ainda é só modismo. Puramente modismo!
E como a falta de educação imperou, muitos não tinham nem se quer o mínimo
de respeito de sair do local para atender ao telefone e falava ali mesmo no meio da
palestra, chegando a disputar até a atenção do público com o palestrante.
Para alguns Congressistas que falaram ser esse um evento “fraco”, ou seja, com
poucos participantes, é preciso saber que isso se deve unicamente aos próprios
apicultores por estar “viciados” por apoios do SEBRAE e/ou da SEAGRI/BA. Ou seja,
ficam dependentes desses órgãos para ir a eventos! Já passou do tempo do apicultor
financiar sua própria ida a um evento para aquisição por conhecimento (se é que esse é
realmente o foco!) e não ficar esperando caravana desses ou daquele parceiro. Nesse
sentido, os eventos sempre serão reduzidos e se continuar assim, se o apicultor só for a
evento se o SEBRAE financiar caravana é possível de chegar o dia de não haver mais
nenhum público!
Entrega de certificados
Acredito que se a intenção é conter a evasão, o melhor horário para entrega dos
certificados seria depois do encerramento do evento ou depois da janta. E fica a dica:
organizar os congressistas em filas é o mais ordeiro meio de distribuição dos
certificados. Principalmente em respeitos aos carismáticos, atenciosos e prestativos
monitores que estavam entregando. Monitores voluntários, diga-se de passagem!
Dessa forma, a apicultura baiana pode estar fadada ao fracasso no sentido do
continuísmo da mesmice. Fica a dica para todos que falar em profissionalismo da
apicultura pelo fato de só financiar casas de méis, vender mel para a CONAB e fazer
caravana para congresso, não é e nunca será profissionalismo. Profissionalismo é algo
muito mais além que isso. Muito além!
Eu poderia citar aqui outros aspectos que pude observar como na feira de
equipamentos, aos atrasos no evento, a comunicação precária ou as inovações
tecnológicas premiadas sem ao menos terem sido explicadas quais os critérios que
justificaram a premiação. Ou seja, até que ponto um quadro sem arame tem relevância,
qual ganho econômico, quais testes foram realizados para que comprovasse todos os
destaques de ser realmente uma inovação tecnológica, enfim. Mas fico por aqui.
Só digo que organizar um Congresso, pelo peso que o nome exige, requer não só
recurso, mas material humano realmente comprometido e que leve o evento a sério! Se
a desculpa é falta de grana, crise financeira ou isso e aquilo, é mais correto e sensato
que não se faça nada. Ou no máximo se faça um Seminário. Porque um Congresso de
fato requer muita seriedade!
No mais, são essas as minhas humildes colaborações. Espero que os próximos
Congressos sejam realmente PROFISSIONAIS!
Dráuzio Correia Gama, apicultor.
[email protected]

COLABORAÇÃO E COMPLEMENTOS DOS:
CARTAO DE VISITA DEUSIMAR