EDITORIAL ANO II NUMERO 61 – SONO PESADO OU PESADELO?

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EDITORIAL ANO II NUMERO 61 – SONO PESADO OU PESADELO?

O momento político conturbado que o país atravessa transfere à sociedade brasileira consequências as mais diversas, cuja gravidade deixa no cidadão uma dúvida atroz: se está vivendo um SONO PESADO ou é vítima de um PESADELO? Muitos questionam o silêncio das ruas e o sumiço repentino dos panelaços, mas não fazem um mínimo de reflexão sobre os motivos geradores desse arrefecimento, motivados pelo descrédito e o desencanto com a péssima performance atual dos tais líderes, que pululam em todos os partidos, além da falta de opção de nomes confiáveis para um futuro próximo, ou mais precisamente, daqui a oito meses, o que nem tempo mais existe para nascer novas alternativas.

Assim, o sono pesado desse cidadão anônimo demonstra não pretender ouvir o ruído de tantos discursos inócuos que somente tentam enganar o eleitorado, principalmente quando pregam teses falsas de falência da Previdência Social, mas não reconhecem que parte das suas receitas arrecadadas, através das contribuições sociais e dos impostos, é desviada para outras finalidades, e assim o déficit de 190,0 bilhões de reais não é verdadeiro. E, para ser mais afirmativo, sem dúvidas é um número manipulado, para não dizer falso… Quando percebem que essa reforma não atinge os Poderes Legislativo e Judiciário, como se estes representassem uma casta especial de príncipes, e somente os plebeus são penalizados… Quando não dizem que nenhuma reforma foi realizada para reduzir a monumental estrutura da máquina do Estado, cujas despesas respondem por uma substancial fatia no badalado déficit público… Ou, talvez, não queira ouvir a verdade mais evidente, de que sobre os seus ombros recairá sempre a responsabilidade pelo ônus de socorrer o Estado e não o contrário…

Quem sabe, também, esse cidadão esteja assistindo com desalento à transformação do seu sonho de viver numa nação forte e respeitada, em um mero e fatídico pesadelo. Essa é uma realidade que atormenta!

O cenário político está configurado num universo permeado de tendências ideológicas volúveis e posições que se modificam dentro das mais variadas conveniências. Entendo que o governo é fraco e incapaz no encaminhamento de soluções para muitos dos problemas existentes, mas aqueles que mais o combatem foram os geradores da crise atual, inclusive compartilhado pelo próprio Presidente atual que lá estava como Vice, além de alguns Ministros que lá estiveram na equipe ou na base política.

No caso da intervenção na área de segurança do Rio de Janeiro, por exemplo, tanto os políticos em geral, como a própria população reclamavam da incompetência do governo em controlar a situação de violência exacerbada e dominante no Rio de Janeiro. Os políticos que vinham administrando o Estado nos últimos tempos foram presos pela conivência com a criminalidade e o assalto aos cofres públicos. Agora que o Governo Federal optou pela Intervenção Militar, através da parceria do Exército com as Polícias Militar e Civil do Estado, o que se presencia é a Oposição se manifestando contrária, alegando que não há motivo ou fundamentação para ato tão violento, e justificando que só vê motivação política para tal decisão. Essa postura verborreica é de uma burrice e irracionalidade inconcebíveis, somente sustentada pela cretinice do radicalismo partidário.

Com todo o respeito que merece a população ordeira do belo Rio de Janeiro, entendo que o Governo Federal foi fraco mesmo, mas, porque deveria ter decretado a mais tempo a Intervenção Política e Administrativa no Estado, visto a irresponsabilidade como ele vem sendo governado! Basta lembrar que o ex-governador Sérgio Cabral está condenado a 87 anos de prisão!

Ressalto que não foi um ato discricionário porque o Decreto foi submetido ao Congresso Nacional, que o aprovou na forma democrática e constitucional, reconhecendo o acerto da medida. Como sempre, faltou aos políticos da Oposição, nessa hora, a coerência de ter votado essa medida, que visa atender às reivindicações de um povo que vive dominado pelo medo e lembrar das crianças que têm perdido as suas vidas pelas balas perdidas, não deixando de ser, para toda a sociedade, verdadeiro SONO PESADO e um PESADELO.

AUTOR: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público. (Irecê – BA).

 

 

Contribuição do:Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 25/02/2018

Comentários

2 Comments on EDITORIAL ANO II NUMERO 61 – SONO PESADO OU PESADELO?

  1. Eden Lopes Feldman // 25 de Fevereiro de 2018 em 10:44 // Responder

    Se ainda estamos no SONO PESADO, o fato que em breve estaremos no PESADELO. E fica muito difícil entender um país que tem gastos exorbitantes na administração pública, como altos salários , estatais deficitárias e um quadro político que permite um estrutura gigantesca e inútil nas câmaras de vereadores, assembleias estaduais e congresso, tentar diminuir apenas as despesas previdenciárias. Pela análise dos números governamentais, o déficit da previdência vem unicamente das aposentadorias de servidores públicos, e portanto deveria ser separada do regime previdenciário.Para uma melhor gestão. Está cada vez mais difícil pagar esta conta, e ainda tem o “auxílio moradia”. Rotulada de legal, mas percebida como imoral. FOZ DO IGUAÇU-PR

  2. Acabo de ler mais uma edição de suas criativas “Crônica da Semana”. Sobre o tema (Sono Pesado ou Pesadelo) apraz-me ver que, ao menos no segundo parágrafo, você, enfim, reconhece algo que -desde quando Valdir Pires foi Ministro da Previdência- especialistas, inclusive de Associações ligadas ao pessoal da Receita Federal, vêm afirmando: “a previdência social no Brasil não é deficitária; ela assim se torna pelo desvio de seus recursos para outras finalidades, prática nefasta que marca a atuação de todos os governos, independentemente de sua formação ideológico-partidária”.
    Não obstante, mais adiante você torna a responsabilizar o governo deposto pelo caos, agravado com os trapalhões que, além de já haverem destruído a maior conquista do trabalhador brasileiro – a CLT do saudoso Getúlio Vargas – ainda, entre outras sandices, preparavam-se para sacrificar a população com a Reforma da Previdência. Com efeito, em outro bom momento de sua narrativa, você reconhece que os verdadeiros ‘sangue-sugas” do erário (no caso, principalmente, fartos setores do legislativo e do judiciário), estariam a salvo de mais um sacrifício, novamente imposto apenas ao povão.
    No que concerne ao silencio dos antigos batedores de panelas liderados pelos ricaços da paulicéia, é consequência inequívoca da mídia comprometida que, em seu irresponsável trabalho de manipulação da opinião pública, conduz a população segundo suas conveniências e interesses, haja vista, por exemplo, a atual campanha da líder Globo em busca de uma suposta opinião popular sobre o Brasil que queremos.  claro que se trata de mais uma diabólica manobra para monitorar e influenciar o eleitorado nacional ante o próximo pleito. (Salvador-BA).

    COLABORAÇÃO E COMPLEMENTOS DE:

    José Deusimar Loiola Gonçalves-
    Técnico em Agropecuária(Assistente Técnico de Desenvolvimento Rural-FLEM-BAHIATER-Governo do Estado); Graduado em Administração de Médias e Pequenas Empresas ; Licenciado em Biologia e Pós Graduado Em Gestão e Educação Ambiental(Acadêmico do Curso de Tecnologia em  Apicultura e Meliponicultura- UNITAU-EAD-Universidade de Taubaté-SP-Polo Tucano-Ba- ).

    Fones de contato: 75- 99998-0025( Vivo-Wast App); 75- 99131-0784(Tim-Wast App)