EDITORIAL ANO III NUMERO 126 – ELEGEMOS UM OU QUATRO BOLSONAROS?

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Publicado em 28 de abril de 2019 por Florisvaldo em Brasil, Política // 9 comentários

A nação brasileira vive um momento especial e controvertido. Existe uma profunda consciência de que são graves os problemas existentes em todas as áreas, com particularidade naquelas que afetam a saúde, a educação, a segurança e o emprego, cuja responsabilização não cabe atribuir unicamente ao atual governo com apenas 118 dias de gestão, mas, também, não é justo ficar tripudiando sobre os governos que cometeram erros em passado recente, quando deveriam todos juntarem forças para superar as dificuldades decorrentes de tão acentuada crise econômica, que fazem de conta nada ver, nem está acontecendo. É inquestionável que uma economia, quando não é muito sólida, fica vulnerável às influências positivas e negativas de todo o processo político em andamento no país, em cujo campo os nossos personagens ativos são pródigos na geração da desconfiança que contagia os investidores e contribui na construção do clima de instabilidade no mercado. A propósito, e em paralelo a tudo isso, é de causar indignação ao cidadão que assiste a uma sessão da Câmara de Deputados ou de uma Comissão tão importante quanto a de Constituição e Justiça, como a realizada no último dia 23/04, por testemunhar a atitude de indiferença e descompromisso dos Senhores parlamentares com a importância do projeto em debate e votação. Na ocasião, simplesmente estava em Votação pela CCJ a admissibilidade do Projeto de Reforma da Previdência Social, em que estava em jogo o futuro do trabalhador brasileiro! Enquanto alguns parlamentares brigavam pelas suas posições, o que fartamente se viu foram deputados que caminhavam desinteressados e indiferentes, passando a todo instante à frente daqueles que falavam, e cobrindo-lhes a imagem da TV Câmara de maneira desrespeitosa! E pasmem, caros leitores, enquanto o debate prosseguia muitos faziam “selfies” gravando vídeos em que narravam os acontecimentos que se desenrolavam naquela hora, certamente para postar nas redes sociais. Tudo isso sentado ao lado do parlamentar que falava, alheio e indiferente!O registro mais acachapante ocorreu após ter sido anunciado o resultado da votação, de 48 a 18 pela aprovação, quando, entre a vibração dos vencedores e as vaias da oposição vencida, todos se levantaram – era quase meia-noite -, e o plenário virou um circo, onde a maioria com os seus celulares erguidos continuavam gravando vídeos, sem que a sessão tivesse sido encerrada. É assim que devem se portar esses trabalhadores que colocamos lá para nos defender, com os melhores salários deste país? Mais respeito, excelências!Mas, e os outros Poderes que compõem o Sistema? Ao que parece, não pretendem ficar à parte das fragilidades cometidas pelo Legislativo. De modo geral, a instituição Família sempre se constituiu no sustentáculo e exemplo de união, enquanto no nosso Poder Executivo, cada filho do atual Presidente, quando fala, desagrega o Grupo político e enfraquece o governo! Desta feita foi o filho Carlos Bolsonaro, Vereador do Rio de Janeiro, a se dirigir de forma imprópria à pessoa do Vice-Presidente Hamilton Mourão, através das redes sociais, censurando-o por ter recebido o convite para uma palestra nos EUA, e no convite já havia críticas ao Presidente. A reação do Presidente exaltando o papel do filho na campanha eleitoral e reafirmando o óbvio de que “ele é sangue do meu sangue”, sinaliza que está a caminho um rompimento político com o seu Vice-Presidente, que tem demonstrado equilíbrio e moderação quando chamado a intervir. Ora, não tem cabimento o Vice-Presidente ser repreendido pelo filho do presidente, publicamente! É o fim da picada! Não há outra expressão. De outra parte, o Poder Judiciário, que seria o ponto de equilíbrio, respeito e veneração por toda a sociedade, tem tido decisões tão questionáveis e controvertidas por parte de alguns Ministros – leia-se Gilmar Mendes e Alexandre Morais -, que a reação de condenação não precisa vir da imprensa ou da sociedade, porque ela surge dentre os próprios colegas Ministros do STF! Assim, já é hora do nosso Presidente se reencontrar com o seu projeto político, parar de voltar atrás em decisões tomadas precipitadamente, e restabelecer o princípio da hierarquia do poder, para o bem desta Nação! Fica aqui outra dica: trabalho é trabalho, família é família, e saber não misturar as coisas é mais que dever! Para finalizar, vou repetir a pergunta: Afinal, ELEGEMOS UM OU QUATRO BOLSONAROS?

Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.

Contribuição do:Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 27/04/2019

Colaboração e complementos de:

José Deusimar Loiola Gonçalves
Técnico em Agropecuária (Assistente Técnico de Desenvolvimento Rural-FLEM-BAHIATER-Governo do Estado); Graduado em Administração de Médias e Pequenas Empresas; Licenciado em Biologia; Pós Graduado Em Gestão Educação Ambiental e Acadêmico da UNITAU-EAD-Polo de Tucano – Curso Superior de Tecnologia em Apicultura e Meliponicultura.

Zap: (75) 99998-0025 (Vivo) – (75) 99131-0784 (Tim).
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Comentários 9 Comments on EDITORIAL ANO III NUMERO 126 – ELEGEMOS UM OU QUATRO BOLSONAROS? Florisvaldo Ferreira dos Santos // 28 de abril de 2019 em 08:14 // Responder O momento em que vivenciamos é grave sobre todos os aspectos mencionados por você. Um governo que tem um quarteto com esta composição, dispensa o papel que naturalmente e exercido pela oposição (quando existe). Depois de acompanhar as entrevistas concedidas neste sábado pelo nosso presidente, me questiono, onde estamos? Aonde vamos chegar? Tem um ditado popular que poderia muito bem ser adaptado para o quadro atual que diz “a cada enxadada, uma minhoca”, isto no contexto negativo. Florisvaldo F dos Santos Consultor de Seguros e Beneficios ZELÂNDIO ALMEIDA // 28 de abril de 2019 em 10:42 // Responder O nosso neófito presidente quem nunca teve experiência administrativa pública, que eleito pela população para defenestrar do poder o partido corrupto que saqueou o país em centenas de bilhões de reais, ainda não procurou a seguir a liturgia do cargo de presidente! Parece ainda em campanha falando o que vem a cabeça e os filhos publicando assuntos que não honra o momento vivido pelo país, que é usar em tempo integral a força das urnas para fazer as reformas da previdência, tributária, e estas duas de segurança política por último. O Brasil precisa que os empresários voltem a acreditar no país e criar milhões de empregos formais. Sem empregos não podemos consumir e gerar impostos que cubram os déficits do governo federal. (Alagoinhas-BA). HAROLDO RODRIGUES // 28 de abril de 2019 em 10:59 // Responder Infelizmente a postura do presidente está frustrando em muito a expectativa dos seus eleitores. (Barra Mansa-RJ). FLÁVIO MENDONÇA // 28 de abril de 2019 em 11:05 // Responder Nesta crônica você faz uma análise do Governo nos seus 118 dias, perfeitamente coerente e acertada. O fato da expressão do tema “ELEGEMOS UM OU QUATRO BOLSONARO?”, eu digo sem medo, apenas UM, ocorre que a união de filhos todos homens, além de ter o PAI como seu herói a solidariedade é um fator indiscutível em torno do esteio principal do sustentáculo da Família: O PAI, por isso, de uma forma ou de outra, dá orgulho ao pai de sentir que ao seu lado haverá sempre um posicionamento latente do apoio incondicional dos seus filhos, que representam as cordas do coração de qualquer um PAI. (Manaus-AM). EUNICE SALUM // 28 de abril de 2019 em 11:07 // Responder Muito bem, falou tudo! Cada dia mais decepcionada com as três esferas dos poderes. Não li na íntegra, a reforma da previdência, mas os parlamentares que são contra, mas que não abrem mão de suas regalias, não têm moral nenhuma perante o povo brasileiro (IRECÊ-BA). PR. RUY GUILHERME // 28 de abril de 2019 em 11:11 // Responder O PROBLEMA É: SEMIANALFABETO E CORRUPTO. O POVO ESQUECEU? E SEM COMPETÊNCIA PARA GOVERNAR O BRASIL. (NORDESTINA-BA). ALTAMIRANDO // 28 de abril de 2019 em 11:12 // Responder Qualquer semelhança desse Governo com o de Jânio Quadros é mera coincidência? (Salvador-BA). EPAMINONDAS // 28 de abril de 2019 em 11:14 // Responder Acabo de ler o presente comentário seu sobre nossos representantes no Legislativo e Governo. Sua análise, completamente isenta, retrata fielmente o que estamos sentindo, estupefatos. Sinto-me sem esperança em dias melhores. (Salvador-BA). Eden Lopes Feldman // 28 de abril de 2019 em 17:38 // Responder Uma ótima colocação, Agenor. Se um deve mandar e exercer liderança e autoridade, os demais devem estabelecer suas idéias de maneira educada e ponderada. Ou seja, pelo convencimento e não pela agressividade. O diálogo anda meio distorcido, e embora particularmente, não aprovo a atitude de grande parte dos congressistas, principalmente os do bloco da esquerda, entendo que um congresso deve dialogar. E sabemos que nos governos anteriores existia a cooptação pela farta distribuição de verbas aos congressistas, e este governo busca evitar isto. Mas isto só será possível com coesão do grupo que preside o país. Incluindo a colaboração dos seus familiares. FOZ DO IGUAÇUmeuip