EDITORIAL ANO IX NÚMERO 334 – UMA DIPLOMACIA CONFUSA.

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Diplomacia

Bandeiras dos Países que integram as Nações Unidas, em Nova York

Sempre valorizei a iniciativa de alguns Presidentes, de inserirem no seu projeto de governo, esse importante item de realizar visitas oficiais a outras nações, e com isso estreitar os laços das relações diplomáticas, abrindo portas para novos mercados no campo da exportação dos nossos produtos, ou consolidando aqueles já existentes.

Essa área, contudo, não pode sofrer a interferência dos conceitos ideológicos do Presidente, de forma a intensificar as relações comerciais com os parceiros com quem se identifica politicamente, e abandonar os vínculos e o companheirismo históricos com outras Nações.

Esse enfoque recomenda um desempenho marcado pela imparcialidade dos Presidentes. Assim, não se admite a vocação radical de Extrema Direita do Bolsonaro, que priorizou o Ocidente durante o seu governo e foi “o presidente brasileiro que menos viajou ao exterior – proporcional ao tempo no cargo – desde a redemocratização. Ele evitou destinos tradicionais de seus antecessores, como a América Latina, por exemplo, e viajou mais a países do Oriente Médio e ao próprio Estados Unidos (8 visitas)”.

Um detalhe que chama a atenção é que “Luiz Inácio Lula da Silva foi o mandatário brasileiro que mais realizou viagens diplomáticas durante a presidência (2003-2010), sendo um dos Chefes de Estado que mais viajou na história. Foram 139 viagens internacionais para 80 países, além de Antártida, Guiana Francesa e Palestina., nos dois primeiros mandatos”. (Fonte: Wikipédia).

Na última semana, porém, após a viagem à China, o Presidente Lula emitiu uma infeliz declaração de que a decisão da guerra entre Rússia x Ucrânia teria sido tomada “por dois países, buscando minimizar a responsabilidade da Rússia como país agressor e que iniciou o bombardeio em 24 de fevereiro de 2022. Essas palavras soaram como um triste desrespeito a mais de 300 mil ucranianos mortos, até agora, e um número superior a 8 milhões de refugiados que estão em outros países da Europa.

Como se não bastasse a imprudência dessa avaliação para defender a Rússia como um país de esquerda e comunista, o Presidente foi inoportuno ao condenar os países da União Europeia e os Estados Unidos da América, como responsáveis pela continuidade da guerra, quando esses países têm dado toda ajuda possível à Ucrânia, lado fraco dessa guerra estúpida e insana, visando proteger a população de um massacre nunca visto na história mundial!

Obviamente que a declaração pouco reflexiva do Presidente brasileiro, causou um impacto negativo e um certo desconforto no Ocidente, face à inesperada postura assumida pelo Chefe de Estado do Brasil, País que tradicionalmente se identifica com os bons ritos da diplomacia entre as Nações. Podemos classificar essa atitude, no mínimo de precipitada, certamente por não ouvir os Diplomatas que, normalmente, entendem mais do assunto e de uma forma mais elevada. Acredito que a tamanha ingenuidade cometida fez os Diplomatas Osvaldo Aranha e Visconde do Rio Branco tremerem no túmulo!

É notória a pressa do seu governo em marcar presença nas questões internacionais, fato que se revela positivo para o conceito externo do País. Todavia, é preciso mais prudência no que fala, e que os Diplomatas/Assessores do Ministério das Relações Exteriores, ou eventualmente o seu próprio Ministro, estejam atentos no processo de orientar o Presidente da República quanto ao que dizer, como dizer e onde dizer, visando evitar declarações inadequadas e que passam a exigir posteriores justificativas.

A fidelidade das boas relações diplomáticas, comerciais e políticas com Países amigos de longas datas, precisa ser respeitosamente preservada. Isso não impede que novas conquistas e acordos sejam feitos, ou negócios ampliados, na medida dos interesses nacionais. Nesse particular, o palanque tem que ser deixado de lado e as relações internacionais devem ser tratadas num alto nível, lembrando que é no primeiro mundo onde estão nossos grandes parceiros comerciais, tanto nas exportações como importações.

O perfil diplomático da Nação tem de ser algo bem claro e definido dentro de um padrão ético e irreversível. Jamais poderá evidenciar insegurança ou passar para o mundo a imagem de UMA DIPLOMACIA CONFUSA!

Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.  

Contribioção do: Blog do Florisvaldo  – Informação Com Imparcialidade – 23/04/2023

COLABORAÇÃO E COMPLEMENTOS DE:

José Deusimar Loiola Gonçalves

Técnico em Agropecuária (Funcionário Publico  Aposentado- Extensionista  do Governo do Estado de nossa linda e extennsa Bahia); Graduado em Administração de Médias e Pequenas Empresas; Licenciado em Biologia; Pós Graduado Em Gestão Educação Ambiental, e Tecnólogo em Apicultura e Meliponicultura.
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